"Varejão" internacional
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de novembro de 1977
O empresário Luís Gil Caldas desembarcou domingo, ao meio dia, do Concorde, que o trouxe de Paris, e já foi marcando novamente suas passagens internacionais. O executivo, presidente da Madebras, inaugura ainda este mês o primeiro entreposto da empresa, no Porto de Havre, na França, e em dezembro, a Marlibras, em La Valleta, na ilha independente de Malta. Acrescidos aos escritórios de Madri, Bruxelas e Paris, mais armazéns em Belém e Paranaguá, a primeira trading company do Paraná fica cada vez mais forte.
Notícia constante em publicações especializadas no comércio exterior, Luís Gil Caldas, 45 anos, baiano de Ilhéus, ex-caixeiro viajante e representante de roupas masculinas, fez em menos de quatro anos uma poderosa empresa de exportação, que com uma surpreendente agressividade nos negócios, tem merecidos elogios dos altos setores governamentais - dentro da política de incrementar as exportações. Instalando-se agora no Havre e em Malta com estruturas portuárias próprias, Gil pretende "colocar-se sob os olhos dos consumidores da Europa e dos Países Árabes". Homem prático e de visão, Gil vê nesta estratégia um verdadeiro sistema de "varejão" internacional, agilizando a oferta, suprimindo etapas de negociações, simplificando processos clássicos e lentos, ganhando tempo pela celerização da entrega numa atividade onde o produto é visto, negociado e está, virtualmente, à mão do comprador.
Na feira "Brasil Export", em São Paulo, a Madebras está mostrando o que faz - e o que poderá fazer. Mas hoje, os objetivos de Gil Caldas são amplos, muito amplos. Como poucos, ele sabe líder com os árabes.
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