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Antônio Carlos Jobim

O "show" de Raulzinho

São Paulo - A apresentação do [trombonista] Raulzinho de Souza, na quinta-feira no 1º Festival Internacional de Jazz, provou basicamente duas coisas: seu sopro está cada vez mais limpo e lírico, com uma sonoridade incrível - que os curitibanos mais velhos da noite devem recordar de seus anos (1958/63), quando era 2º Sargento da banda da EOEIG e, nas boites da cidade, tentava mostrar uma música mais moderna.

Gênio Intrumental

Dentro da Música brasileira - sem rótulo de popular ou erudita, contemporânea ou de vanguarda - há alguns criadores da maior voltagem que, sem favor nenhum, merecem a classificação de gênio. São compositores-instrumentistas, eventualmente vocalistas, que não podem ser colocados em categoria estanques, tal a carga que traduzem em suas produções. Entre estes, dois nomes merecem destaque: Hermeto Paschoal e Egberto Gismonti.

Resistindo

"Resistindo", texto de Aldir Blanc, será apresentado pelo Quarteto em Cy no próximo dia seis, no Clube Curitibano, em comemoração ao seu 96.º aniversário. Do show fazem parte as músicas gravadas no disco do mesmo nome, com músicas de Gilberto Gil ("Eu vim da Bahia" e "Filhos de Gandhi"), e "Viola Vilar" de Milton Nascimento e Márcio Borges.

Disco no exterior

Jorge Bem, que teve seu trabalho comparado ao do pintor primitivista Heitor dos Prazeres, pela sua linguagem musical simples, ingênua, clara, representa o próprio espírito do samba do sambista brasileiro. Algumas vezes simplesmente cantando sua musa Tereza, seu Flamengo, o justiceiro Charles Anjo 45, ou ainda misturando alquinia com placas de "é proibido pisar na grama".

Em todas as rotações

Impressionante a força de marketing dos Beatles: passados 8 anos da dissolução do grupo, não só cada um dos ex-besouros de Liverpool continua a faturar muito bem, com edições arqueológicas de antigas fitas tornam seus proprietários milionários. Com Ted "Kingsize" Taylor,que em 1962, quando os então desconhecidos Beatles estiveram em Hamburgo, fazendo uma temporada no Star Club, gravou seu minicassete 3 horas de uma das apresentações do conjunto.

Vinícius & Tom: reencontro histórico

Desde a primeira semana de outubro, um fato absolutamente histórico para a música popular brasileira acontece de quinta-feira a sábado, no Canecão, Rio de Janeiro: Vinícius de Moraes e Antonio Carlos Jobim, no palco, enquanto bebem o seu santo Sheva's Regal, servido pelo atencioso Pepe, recordam fatos da Bossa Nova, nos anos 50 e 60, relembram velha músicas. O roteiro, inicialmente previsto, é abandonado e a improvisação faz com que cada noite haja revelações diferentes.

Discos do Ano

Às vésperas do vigésimo aniversário da gravação de "Canção do Amor Demais" (Discos Festa, 1958), onde a cantora Elizete Cardoso lançava, entre 12 outras músicas de Vinicius de Moraes-Antonio Carlos Jobim, a histórica "Chega de Saudade" - que, em 1959, na voz e violão de João Gilberto deflagraria o movimento da Bossa Nova - a conclusão é uma só: em termos de qualidade, de renovação nada de mais importante do que a Bossa Nova ocorreu no Brasil - em que pese todas as correntes, discussões e milhares de gravações.

SOS pelo verde, flora & fauna no apelo musical

Através de uma mídia internacional que o seu prestígio garantiu, o cantor-ator Sting (Gordon Summer, ex-Police, hoje mais dedicado ao cinema) saiu em companhia do cacique Raoni mundo afora numa pregação ecológica em favor da Amazônia, que resultou em vídeos, discos e até num belíssimo livro - "A Luta da Amazônia - História da Floresta", com fotografias de Jean-Pierre Duttileux (Círculo do Livro, 140 páginas).

Documentos

Paulo César Pinheiro é hojeum dos mais importantes letristas brasileiros. Poeta dos mais inspirados, este carioca de 31 anos, que aos 15 anos fazia uma obra prima ("Viagem", musicado por João d' Aquino), tem uma obra imensa, espalhada com vários parceiros dos mais ilustres. Há seis anos, como documento, gravou um elepe na Odeon e a experiência parece que o entusiasmou: em seguida vieram dois volumes de "O Importante é que a nossa emoção sobreviva", show dos mais participantes dividido com Márcia e Eduardo Gudin.

Observatório.

ANTÔNIO Carlos Jobim, 54 anos, o mais importante compositor brasileiro, aproveita a abertura e coloca em "Officina", uma de suas últimas composições, citação de um homem no poder. Como acontecia no passado mas que, a partir de 1964, desapareceu nas letras das canções populares, inclusive o Carnaval - que tinha a sátira política como grande motivação dos autores. Na voz de Guadalupe esposa do acordeonista Dominguinhos e que estréia em lp, pela RCA, Tom se queixa da alta do custo-de-vida, do dia-a-dia no trabalho, documentando: "Com este salário não se pode viver
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