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Bernardo Bertolucci

IV FestRio decolou; um Boeing de imagens visuais está no ar

"Freedom Cry", novo filme de Sir Richard ("Ghandi") Athenborough, que tem por tema os conflitos raciais na África do Sul, não pode vir para a abertura, hors concours do IV Festival Internacional de Cinema, Televisão e Vídeo do Rio de Janeiro (Sala Glauber Rocha, Hotel Nacional), mas a substituição foi à altura: "Au Revoir Les Enfants", o emotivo filme que marca o retorno de Louis Malle a França após 11 anos de EUA - e que recebeu o Leão de Ouro no Festival de Veneza, há apenas dois meses.

A Columbia aproveita a vitrine do FestRio

Rio de Janeiro - Há quatro anos, quando da primeira edição do FestRio falava-se até em boicote organizado do cinema americano contra o festival brasileiro. Afinal a representação americana era pequena em proporção ao poderio da industria cinematográfica e alegava-se que não interessaria as tycoons da Usina dos Sonhos fortalecer um evento que nascia já declaradamente favorável as pobres, esquecidas e desconhecidas cinematográficas do Terceiro Mundo.

Um porre audiovisual com tantos filmes no FestRio

Rio de Janeiro - "Um porre audio-visual". A sensação é comum a todos que procuram acompanhar este coquetel molotov de bebidas servidas em telas e vídeos e que desde o dia 19 faz com que milhares de pessoas corram entre uma sala e outra de exibição - seja no Hotel Nacional, a sede do FestRio, seja nas salas da cidade - nas quais se desenvolvem as interessantíssimas mostras paralelas.

Mulheres mostram talento com o olhar sobre o real

Um filme como "Sonho de Valsa" - que além de ser [um] dos representantes do Brasil (o outro, "Memória Viva", documentário de Otávio Bezerra, só será visto na sexta feira, 27), é profundo em sua discussão sobre a mulher e a vida - naturalmente inclui-se no grande painel que vem marcando o FestRio, desde sua primeira edição: a presença feminina cada vez mais acentuada - seja na temática dos filmes seja como realizadoras.

"O Último Imperador" é o grande favorito do Oscar

É o favorito não restam dúvidas. Como aconteceu com "E o Vento Levou " em 1935, "Ben Hur" em 1959 ou "Ghandi" há quatro anos, é possível que ao final da festa do Oscar (segunda-feira, 11), "O Último Imperador" termine levando os principais Oscars desta 60ª edição da mais glamourosa festa do cinema mundial.

Império do Sol

Vem crescendo o interesse do público pelos romances que dão origem a filmes de sucesso. Aliás, isto não é novidade: nos anos 50, a Editora Vecchi tinha uma coleção chamada "Os Maiores Êxitos da Tela" que chegava até a romancear roteiros para oferecer aos cinemaníacos de então a oportunidade de "ler os filmes". Hoje as editoras sofisticam-se em suas coleções de romance que deram certo no cinema chegam até em edições a preços reduzidos nas bancas de revistas e jornais, como faz a Nova Cultural.

Os premiados

FILME: O ÚLTIMO IMPERADOR (The Last Imperator) DIRETOR: BERNARDO BERTOLUCCI ("O Último Imperador") ATOR: MICHAEL DOUGLAS ("Wall Street") ATRIZ: CHER ("Feitiço da Lua") ATOR COADJUVANTE: SEAN CONNERY ("Os Intocáveis") ATRIZ COADJUVANTE: OLYMPIA DUKAKIS ("Feitiço da Lua") FOTOGRAFIA: VITTORIO STORARO ("O Último Imperador") DIREÇÃO DE ARTE/CENOGRAFIA: Ferdinando Scarfiotti e Bruno Cesari ("O Último Imperador") SOM: BILL RONE/IVAN SHARROCK ("O Último Imperador") FIGURINOS: JAMES ACHELSEN ("O Último Imperador")

Ganhou o melhor, mas...

Mereceu, não resta a menor dúvida. Vigoroso, belo, sincero e, sobretudo, político, "O Último Imperador" era, em termos de consistência, o filme mais importante dos cinco principais candidatos ao Oscar.
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