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João Nogueira

Compositoras

Se a Odeon perdeu para a Polygram um de seus melhores artistas - o extraordinário João Nogueira, que admiramos desde sua estréia, 8 anos passados, com as faixas "Homem de Um Braço Só" e "Mulher Valente é Minha Mãe" (lp "Quem Samba Fica", produção de Adelzon Alves), ela conquistou agora uma cantora-compositora do mesmo nível e da mesma família: Gisa Nogueira, cujo talento há muito já fazia com que fosse inexplicável o seu não aproveitamento em lp (fez um modesto compacto na Top Tap, sem qualquer divulgação).

Faces de emoção & amor

Vestida de branco, com uma iluminação suave, Alaíde Costa está só na arena do Paiol: O som que os espectadores escutam nem parecem ser terrenos. A capela, cantando a "Bachianinha nº 5", é tudo emoção, ternura, encantamento. No céu, por certo, o velho Villa-Lobos - cujo 20º ano de falecimento comemora-se este ano - por certo deve estar feliz, ele que sempre soube entender a aproximação entre o erudito e o popular e buscou colocar em sua obra musical todo este imenso Brasil.

Sambistas

A programação de marketing das grandes gravadoras já estabeleceu cronogramas fixos para a disputa do mercado em determinadas faixas. E na área das sambistas os campos estão definidos: a Odeon ataca com Clara Nunes, que de elepe para elepe vem vendendo cada vez mais, a RCA tem Beth Carvalho (ex-Tapecar) para dividir o orçamento dos fãs e a Phonogram vem tendo na ascendente Alcione uma candidata forte a garantir excelentes vendas.

Compositores e Intérpretes (II)

Os baianos continuam acontecendo musicalmente. Se Gil e Caetano, com seus novos discos ("Refavela" e "Bicho", respectivamente, da Philips) ocupam um natural destaque, não podemos esquecer outros filhos da boa e musical terra, em seus estilos diferentes. Por exemplo, Paulo (Francisco [Espindola] Brito, ex-bancário, ex-estudante, ex-craque do futebol baiano, após um baião ("Chegando"), que chegou a aparecer em 1975, ganha agora o seu primeiro elepê ("Atenção", RCA Victor, 183.0204, maio/77).

Documentos

A nostalgia em tempos de consumo americano ocorreu no início desta década. A telenovela "Escalada", com sua divisão em 3 épocas, proporcionou o encaixe de alguns hits dos anos 40, entre os quais "Moonlight Serenade" (Glen Miller), responsável por todo um processo de marketing/consumo, abre a obra do regente daquela big-band.

Documentos

Paulo César Pinheiro é hojeum dos mais importantes letristas brasileiros. Poeta dos mais inspirados, este carioca de 31 anos, que aos 15 anos fazia uma obra prima ("Viagem", musicado por João d' Aquino), tem uma obra imensa, espalhada com vários parceiros dos mais ilustres. Há seis anos, como documento, gravou um elepe na Odeon e a experiência parece que o entusiasmou: em seguida vieram dois volumes de "O Importante é que a nossa emoção sobreviva", show dos mais participantes dividido com Márcia e Eduardo Gudin.

Talentos familiares

A frase é antiga mas não se pode deixar de usar: filho de peixe, peixinho é. Realmente, Paulo Tapajós (Gomes, Rio de Janeiro, 67 anos a serem complatados em outubro) não poderia deixar de ter uma família mais musical. Último dos grandes modinheiros brasileiros, diretor artístico da Rádio Nacional em diferentes períodos nos 35 anos em que ali atuou, produtor fonográfico e radiofônico, hoje na presidência da Associação de Pesquisadores da MPB, Paulo e Norma (sua companheira querida de tantos anos) viram seu filhos serem bem sucedidos nos caminhos musicais.

Os <<Cameratos>>

JOEL NASCIMENTO (Rio de Janeiro, 1937), bandolinísta, considerado pela crítica como o legítimo sucessor de Jacob Bittencourt, eleito pela revista << Playboy >> , em 1978 e 1979, como o maior instrumentista de cordas do País, começou estudando piano, passou para o acordeon, retorno ao piano, deixou-o pelo cavaquinho e, finalmente, em 1969, passou a estudar bandolim. Cinco anos depois (1974) já participava do acompanhamento de duas músicas gravadas por João Nogueira: << Braço de Boneca >> (João Nogueira/Paulo Cesar Pinheiro) e << De Rosas e Coisas Amigas >> (Ivor Lancellotti).

Discos do Ano

Cantoras como Beth Carvalho, Clara Nunes (Elis Regina, Bethânia, Gal Costa, etc.()(, atingem um certo ponto em que se tornam tão importantes para as gravadoras que a cada novo elepê passa a ser um desafio. De um lado, representam um público em potencial, classe A, numeroso e fiel - capaz de, facilmente, absorver de 300 a 500 mil cópias de cada novo disco. De outro, cantoras aceitas por faixas bem (in)formadas culturalmente, necessitam apresentar trabalhos a altura, certas de que a crítica negativa de seus trabalhos poderá ser prejudicial a suas carreiras.
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