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João Nogueira

O samba de João e o violão de Baden

No sábado, em sua única apresentação em Curitiba dentro do Projeto Brasileirinho (Teatro da Esquina/SESC), o sambista João Nogueira teve uma alegria especial: na lotada platéia, seus amigos Baden Powell e a esposa Silvia. Antes de ir para o "505", encerrar a temporada que ali fez, o nosso maior violonista fez questão de prestigiar o show do amigo - que na noite anterior estava entre os mais entusiásticos espectadores no clube noturno das Mercês.

Bondrius, Nando e o grupo Azymuth

Se, de um lado, o projeto de realizar uma semana de música instrumental no Guaíra foi para o brejo, isto não impede que Caetano Rodrigues, a quem se deve a existência há um ano do Blue Note Jazz Clube, estar esperançoso de, se o clube sobreviver, no futuro, haja condições de trazer bons instrumentistas que estão aparecendo. Por exemplo, um quinteto que embora ainda pouco conhecido por aqui mas é respeitado no Rio, o do saxofonista Idris Boudrious (Massy Palaiseau, França, 5/12/1958) lançou agora o seu segundo disco ("Jamal", Vison).

Uma parceria com Antônio Cândido

Aluísio Falcão, um pernambucano que, depois de assessorar Miguel Arraes em seu primeiro governo, foi quem possibilitou que Marcos Pereira (1930-1980) fizesse o catálogo fonográfico mais brasileiro de nossa história, deixou o Estúdio Eldorado e através da Idéia Nova está produzindo discos como sabe fazer. O primeiro lançamento será do sambista João Nogueira e o segundo o novo álbum de Carlinhos Vergueiro, seu parceiro dos mais queridos (com o qual assina músicas como "J. Petrolino").

A música de Carnaval (III) - Libertação dos escravos, o grande tema deste ano

Brasil afora, em cidades grandes ou menores nas quais existam escolas-de-samba, um tema marcará dezenas de sambas-de-enredo: o centenário da Lei Áurea. Afinal, sendo uma festa de grandes conotações com a cultura afro-raiz-mãe do samba - é natural que neste ano de 1988 a temática rememore os cem anos da libertação da escravatura. Em Curitiba, já no sábado, no desfile das escolas do grupo B, a "13 de Maio" - de raízes negras até em seu nome e tradição - estará levando na Avenida Marechal Deodoro o belo samba de Nelson Santos, 51 anos, "Nunca Mais, Outra Vez...":

DECLARAÇÃO DE VOTO

Sem considerar os elepês de Beth Carvalho e Maria Bethânia - que, lançados neste finalzinho de ano, ainda não chegaram aos nossos ouvidos - pode-se dizer que 1986 foi, mais uma vez, um ano de canto das mulheres. A começar pelo retorno, há tanto ansiosamente aguardado, da Divina Elizeth Cardoso, 66 anos, que num álbum comemorativo aos seus 50 anos de carreira, foi carinhosamente produzido pelo seu mais ardoroso fã, o poeta e animador cultural Hermínio Bello de Carvalho.

Pagode, a reação verde amarela contra o rock

Se o rock continuou a ser o grande campo de investimento das principais gravadoras - especialmente as multinacionais - houve, em contrapartida, a nacionalística reação do pagode. De modestas produções na RGE, o pagode cresceu em vendas e terminou o ano ganhando os espaços nobres dos milionários programas especiais de fim de ano das redes nacionais de televisão, até mesmo no super Global especial de Roberto Carlos.

Um pacote de sambistas

Conseqüência ou não do Carnaval, o fato é que um punhado de sambistas estão na praça. Afora os discos de Sambas-de-Enredo e a Cor do Som e Trio Elétrico Dodo e Osmar, temos os novos elepês de Mussum (ex-Originais do Samba), Silas de Andrade, Djalma Pires, Wilson de Assis, Gilson de Souza e os grupos Levanta a Poeira e Fundo de Quintal. Ou seja, um pacote de música verde-amarela para consumo geral e que bem que mereceria ser programado com mais intensidade nas emissoras.

Natal carnavalesco sai da lenda para chegar à tela

Desde ontem, além das câmeras de televisão e vídeo-teipe também modernas unidades de 35mm estão documentado o Carnaval carioca, especialmente cenas do desfile das grandes Escolas (que hoje a noite têm sua disputa na Passarela do Samba). Mais uma vez, cineastas que se voltam a temática carnavalesca aproveitam o maior espetáculo popular do mundo para rodar ao vivo, com milhares de figurantes, seqüências que, em termos de produção montada seriam impossíveis de ser feitas.

João, o sambista, com toda a corda e bossas

"Meu samba sempre foi tirado do peito Quando sai, já sai com meu jeito, Com malícia e opinião Meu samba sempre foi mostrado direito. Por favor, exijo respeito Com a cor do meu pavilhão." ("Primeira Mão", João Nogueira/Paulo César Pinheiro)
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