Já houve uma época - e que não está tão distante assim - que as histórias em quadrinhos sofriam uma implacável campanha de pais e educadores, que viam no chamado "gibis" inimigos mortais das crianças. Hoje a coisa inverteu-se e as histórias em quadrinhos ajudam a educação, com seu emprego em livros didáticos, como nossos pequenos leitores sabem. Os quadrinhos adquirirram status em algumas universidades já existe cadeiras dedicadas ao estudo desta fascinante forma gráfica de comunicação, nascida em fins do século passado mas que se desenvolveu a partir de 1910.

Ismail Macedo, 61 anos, há 15 na presidência do Sindicato dos Exibidores do Paraná e Santa Catarina, telefonou já no domingo para acrescentar novos 0 e importantes - dados com relação à Cinelândia, da qual ele foi um dos responsáveis em seus anos de glória.

Em boa hora a CIC lançou << Meu Amigo o Dragão >> (Pete`s Dragon), produção de Ron Miller/Jerome Courtland, dos estúdios Walt Disney, onde a exemplo de << Os 3 Cavaleiros >> , << Canção do Sul >> e<< Mary Poppins >> , une-se o cinema de ação e o desenho. Uma produção de 1977, mas que chega com sabor de novidade, encantando crianças de todas as idades. O roteiro de Seton Miller e S. Field conta a história de Pete (Sean Marshall), um órfão de nove anos, que vive numa aldeia próxima a cidade de maine.

Chega aquele dia em que as memórias da infância e da adolescência se tornam mais nostálgicas e os pequenos detalhes que na época passaram despercebidos - e nunca valorizados em sua importância na simplicidade do dia a dia - ganham contorno de uma poesia e pureza adormecidas. Quem não se lembra da primeira e flamejante paixão, das angústias adolescentes da recusa de ser integrado a um grupo social, as gozações dos colegas maldosamente mais velhos (e fortes), o apoio de um amigo (ou amiga) na hora em que não foi possível desviar o rosto do soco - como diria Fernando Pessoa?