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Nativismo continua a crescer no Paraná

Na semana passada, o Movimento Tradicionalista Gaúcho do Paraná promoveu em Ponta Grossa o III Congresso Tradicionalista do Estado. Foi mas um passo na reestruturação dos CTGs no Paraná, que hoje já passam de cem unidades - metade das quais, pelo menos, com boa movimentação artístico-cultural. Embora os festivais nativistas ainda não tenham se firmado no Paraná - ao contrário do Rio Grande do Sul, onde já ultrapassam a cinqüenta eventos anuais - algumas manifestações mostram que, pouco a pouco, a identidade sulina vai sendo assumida.

A gauchização do Paraná (vamos nesta, tchê!)

O Paraná começa a se gauchizar. O verbo não existe mas pode ser conjugado a partir de algumas constatações que confirmam uma crescente escalada do tradicionalismo gauchesco subindo do Rio Grande do Sul para o nosso Estado. Evidentemente, que pela própria colonização das regiões Oeste e Sudoeste por migrações gaúchas nos anos 50 e, especialmente, 60, o tradicionalismo sempre encontrou terra fértil no Paraná. Entretanto, aquilo que era visto com um certo preconceito das populações urbanas, no Sul do Paraná, começa a ser, justificadamente, encarada como uma válida manifestação cultural.

Maria Alice conta o drama dos posseiros

Se a questão dos conflitos de terras no Sudoeste do Paraná, ocorrida há 30 anos, merece agora a tese da professora Iria Zanoni Gomes e o livro, em desenvolvimento, de seu marido, Roberto Gomes ("Os Dias dos Demônios"), há exatamente 31 anos, Maria Alice Barroso, 60 anos, estreava na literatura com uma vigorosa obra ("Os Posseiros") com um vigoroso livro sobre a luta da posse da terra em Minas Gerais.

Rodeio também é cultura com o Paixão e o Edsom

Pela primeira vez em suas 16 edições - em 24 anos de existência o Rodeio Crioulo do Paraná, em São Luiz do Purunã (dias 1º a 3 de maio) terá além da parte campeeira (doma de gado, concurso de laçadores, etc.) um aspecto cultural. Graças ao entusiasmo de um jovem apaixonado pelo nativismo, César Setti, 22 anos, paranaense de Pato Branco, no sábado, dia 2, acontecerá num dos galpões da Fazenda Duas Estrelas, sede do Rodeio, palestras de dois dos homens que melhor conhecem as coisas do tradicionalismo gaúcho: Paixão Cortês e Edson Otto.

O sonoro "Pacoteco" no forró do Partidão

Se depender dos esforços do compositor Gerson Bietinez, mais de 30 músicos, intérpretes e autores paranaenses estarão fazendo um super-show no "Festão Voz da Unidade" que o Partido Comunista do Brasil promove dias 4 e 6, no Parque São Lourenço.

O colonialismo cultural destrói sotaque caipira

Até que ponto Fábio Ramos, líder (sic) do "Dragões do Heavy Metal", responsável pelo incidente ocorrido no CGT Gaudérios do Oeste, em Cascavel, pode ser responsabilizado sozinho? Talvez seja mais vítima do que algoz de um processo de lavagem cerebral que, a partir da globalização do Brasil em termos de "programação artística", leva a destruição dos valores locais e substituição pelo que de pior existe no lixo internacional.

Um festival latino de canções. Em Curitiba

A idéia é tão ambiciosa quanto fascinante: realizar em Curitiba umj competitivo festival da canção sul-americana. Já há a previsão de data - abril de 1987 - e o local ideal - o pavilhão de exposições da Diretriz, no parque Barigui.

No final, todos estavam felizes

No final todos ficaram felizes. O público aplaudiu a decisão do Júri e, no palco do Tuiuti E. C. todos os finalistas da 14a edição do Festival Regional da Canção Popular, em Cascavel, já na madrugada de domingo, acompanharam o grupo Cigarra na grande vencedora - "Ventania", uma canção nativista, que, em dezembro último havia sido premiada também num festival de MPB em Pato Branco.

Campo Mourão assume a cultura nativista

Afinal, o Paraná assume o Nativismo. Com uma colonização gaúcha em tantos municípios do Oeste/Sudoeste - e mesmo na região Norte - até agora a forte música que se faz no Cone Sul não havia ainda tido maiores reflexos nos pálidos eventos musicais do Interior. Finalmente, com "Ventania", o grupo Cigarra, de Clevelândia, venceu os festivais de música de Pato Branco (no final de 1985), e o Fercapo, em Cascavel, em julho último.

A Seara da melhor música nativista

Enquanto a Califórnia da Canção Nativista, em Uruguaiana, chegando ao 15º ano consecutivo, se consagrou como o pioneiro festival nativista do Rio Grande do Sul (imitado, dois anos depois, de sua primeira edição, por Santa Maria) e o Musicanto, em Santa Rosa, em apenas 3 edições, já se impôs pela extraordinária organização e valor dos prêmios oferecidos (para começar, um Ford Scort, zero quilômetro, ao autor da música classificada em primeiro lugar), a Seara da Canção Nativista, em Carazinho, atingiu em sua 5ª edição, de 7 a 10 de novembro de 1985, uma maturidade cultural.
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