E a "Alma das Ruas"?
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de março de 1978
A professora Maria Nicolas retornou um pouco gripada, mas muito satisfeita de Ponta Grossa, onde várias entidades culturais reuniram-se para patrocinar a noite de autógrafos de seu livro "As Pioneiras", o que aconteceu no Clube Ponta-grossense. Houve o prestigiamento de autoridades, muitos livros foram vendidos e dona Maria ficou satisfeito. Afinal, poucas pessoas, em sua idade - quase 80 anos - tem a sua disposição e energia, sempre voltada a cultura, a pesquisa, aos valores intelectuais.
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E sempre que se fala em dona Maria Nicolas é necessário, infelizmente, cobrar da Fundação Cultural, em especial dos responsáveis pelo pomposo setor de ditoração, a publicação da "Alma das Ruas", paciente e dedicada trabalho que dona Maria Nicolas vem desenvolvendo há quase 20 anos, verdadeiro "quem foi quem" em relação aos patronos das ruas e logradouros da cidade. O primeiro volume saiu há 13 anos, na administração de Omar Sabbag, em papel-jornal, editado pela Imprensa Oficial do Estado. Os dois outros volumes estão a espera de recursos (e um pouquinho de boa vontade), há mais de 4 anos. São volumes repletos de biografias, dentro dos critérios honestos e cuidadosos com que dona Maria Nicolas, professora de várias gerações, marca tudo aquilo que se propõe a fazer. A propósito, seu livro "O Paraná na Câmara Federal", recentemente lançado, teve algumas comissões das quais ela não tem culpa: como não lhe foi dada oportunidade de fazer a revisão, houve falhas a sua revelia.
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Quando a Fundação Cultural, em tão boa, reedita o belíssimo livro "Lendas e Credices da Infância", de Felicio Raittani Neto, com lançamento programado para o dia 29, na Casa Romario Martins, aqui cabe a pergunta: e "Alma das Ruas", de dona Maria Nicolas, quando vai aparecer?
FOTO LEGENDA - Dona Maria
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