Artigo em 03.10.1981
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de outubro de 1981
O empresário Thiago Ferrante, iniciando novas atividades: agora é proprietário do "Tênis Sport", uma das duas academias particulares de tênis da cidade. Instalada nos fundos do Colégio Cajuru, com seis quadras, a academia será duplicada nos próximos meses, já que há mais de 500 pessoas na fila de espera para, nos horários mais diversos, começar o treinamento deste esporte sofisticado, caro, mas que começa a ser popularizado. Thiago, jovem de vivência internacional devido aos seus múltiplos empreendimentos, tem números que provam a viabilidade econômica. Nos Estados Unidos, existem mil academias como a sua. No Brasil, até agora, apenas 55, mas o interesse é cada vez maior.
Já Ivo Ribeiro, campeão paranaense de tênis, glória deste esporte em termos regionais, está investindo todo o seu patrimônio na transformação de uma área que herdou da família, na Vila Tingui, para desenvolver um projeto destinado a formar tenistas e revelar campeões.
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Luis Carlos Martins, produtor do programa de maior audiência da Rádio Colombo - e agora também colaborador da "Voz do Paraná", decidiu reunir em livro os seus textos e o volume estará pronto dentro de um mês. Para 1981, o projeto de Luis Carlos é mais amplo: gravar uma fita com suas preces e conselhos, que fazem com que milhares de pessoas sintonizem, todas as manhãs, a Radio Colombo. Falando na emissora de Erwin Bonkoski, o radialista Celso Ribeiro, que em 50 dias havia conseguido tirar a FM-Ambiental de último lugar para uma impressionante quarta colocação do IBOPE, não resistiu à proposta feita por Didier Bettega e agora está ajudando ao eficiente Paulo Roberto a dar uma nova maquilagem à Rádio Ouro Verde. A FM-Caiobá, também de Bettega, continua imbatível em primeiro lugar entre as freqüências moduladas.
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Do dramaturgo e ator Plinio Marcos, segunda-feira, no Paiol:
- Escrevi "Barrela" quando tinha 22 anos. Reconheço que é uma peça ruim. Aliás, não sou bom dramaturgo. Sou, isto sim, um excelente ator. Minhas peças retratam o que vi e conheci. O curioso é que passados 20 anos, elas continuam atuais e incomodativas - quando deveriam estar superadas. Do jeito que as coisas vão, acabarei virando um clássico ...
Normalmente as "parcerias" do Paiol estão sendo acomodadas, com a platéia apenas aplaudindo os participantes, sem questionamentos. Na segunda-feira, Plínio Marcos fez alguns espectadores saírem do comodismo, embora os que tentaram questionar o autor de "Navalha na Carne" tenham se dado mal. Já Jorge Mautner ficou na sua de "jovem contestador", embora já tenha passado dos 40 anos e seu "explosivo" "Kaos", publicado em 1960, hoje pouca novidade traga.
Segunda-feira, uma parceria especial com a presença de Joyce, cantora e compositora do melhor gabarito, que desde ontem apresenta-se no Paiol. Na estrada musical há mais de 15 anos, só a partir de 1978 é que Joyce começou a ter reconhecimento merecido. No festival MPB-80 concorreu com a canção mais bonita - "Clareana", mas nem por isto foi a vencedora.
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