Artistas plásticos vão indicar diretor do Mac
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de maio de 1984
A associação Profissionla dos artistas Plásticos do Praná não poderia comemorar o seu primeiro ano de existência de forma mais feliz, Criada no dia 21 de maio de 1983, graças ao esforço de um grupo de jovens artistas , a instituição acaba de conquistar sua maior vitória: está defitivamente afastada a ameaça de uma marchand de tablau dirigir o museu de arte comtenporânea. A imposição que o secretário de Cultura e Esporte pretendeu fazer, ao designar - não se sabe llouvado em que fatores para que uma jovem , elegante e simpatica senhora que se dedica ( nas horas vagas ) a vendar quadros, andra Helena Larsen - para o cargo, foi corajosamente Bloqueada pela posição firme e indenpendente da diretoria da APAPP, presidida por um artista corajoso e integro, josé Humberto Borguszewski.
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A primeira tentativa da diretoria da Associação em questionar a escolha da Sra. Larsen para substituir a artista Marisa Bertolli na direção do MCA, foi rechaçada de forma mais grosseira e antipática , nos acarpetados gabinetes da Secretátia da Cultura ( sic). Revoltados com o tratamento recebido. José Humbero e seus companheiros da diretoria solicitaram audiência com o governador José Richa , o mesmo não tendo sido recebido, foram gentilmente atendidos pelo chefe da Casa Civil, deputado Euclides Scalco - a quem entregaram um documento historiando a irrugalidade que iria ocorrer no MAC. Apesar de preocupado com o escândalo dos dólares, mas justamente para evitar novos focos de atrito que viessem a destavcar o governador José Richa, Scalco agiu com prudência . Mandou sustar a nomeação de Sandra Helena Larsen - cuja designação era tida como certa e pessoalmente telefonou ao presidente da Associação , José Humberto , desculpando-se pelo fato do governador Richa não poder recebê-lo na semana passada. Afinal, Richa estava com cabelos em pé, preocupado nervoso e irritado com a crisse dos dólares e não poderia, com tranquilidade , receber a diretoria da Associação. Entretanto, o Palácio Iguaçu determinou que a importaportação que tanto revoltou a classe dos artistas plásticos não se consumasse e assim , no inicio desta semana. José Humberto e seus companheiros de diretoria voltaram aos gabinetes da Secretária de Cultura ( sic!), mas recebidos de maniera diferente. Humildemente, sem imposições, a linguagem foi diferente: a proposta de uma assembléia geral da associação, para que seja elaborado uma lista de nomes da qual será escolhido o ( a ) novo ( a ) diretor ( a ) do Museu de arte Camtenporânea. Ou seja: uma forma democrática, justa e coerente, que há um mês não foi cogitada, mas que após a severa intervenção da Casa Civil, fez com que o tratamento dispensado aos nossos artistas plásticos ganhasse contornos mais civilizados. Aliás, educação e civilidade deveriam empre existir na Secretaria de Estado ( especialmente na Cultura ), o que, infelizmente não acontece.
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José Humberto Boguszewski, 28 anos, formado pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná na turma de 1975, trabalhando tanto em pinturas como programação visual , foi escolhido para a presidencia da Associação justamente por sua habilidade e independência. Generosamente, cedeu parte das instalações de um imóvel familiar ( Rua Inácio Lustosa,1197) e o próprio telefone ( 233-6576) para que a intidade pudesse ter existência fisica neste primeiro ano. Contando com 132 associados - todos artistas plásticos, naturalmente, tendo promovido duas mostras coletivas ( a segunda, aberta no hall fundação Teatro Guaíra ), a APAPP atinge agora, em seu primero aniversário, esta bonita vitória: evitar que uma marchand de tablaux viesse a ocupar um cargo que exige justamente o oposto:/ um artista, crítico opu professor de área de artes plásticas suficientemente gabaritado ( e independente ).
No dia 26, sábado, a Associação Profissional dos artistas Plásticos do Paraná promove assembléia geral, possivelmente no auditório da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, na qual será discutido amplamente o assunto e elaborada a lista de candidatos ao cargo de MAC - da qual será escolhido o novo diretor do MAC. José Humberto fez questão de marcar a assembléia pra dentro de 9 dias, justamente para que todos os assiciados tomem conhecimento da mesma é da maior importância. A propósito: Sandra Helena Larsen, a elgante proprietária da Galeria de Arte SH-316, não é , nunca foi ( e dificilmente será aceita ) associada de APAPP.
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Na assembléia do dia 26, alem da elaboração da lista de candidatos a direção do Mac, será tratado de outro importante assunto: a discussão de uma plataforma minima de trabalho a ser desenvolvida, incluindo um seminário que possa analisar a situação das artes plásticas no Paraná: criatividade, cmercialização, e ingerência oficial, a proferação das galerias comerciais etc. Enfim, um check-up de um setor artistico que necesita, msmo, de uma sacudida moralizadora.
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Uma Lição fica deste episódio: uma entidade mesmo que jovem, quando tem gente competente, e corajosa na diretoria, pode vencer o autoritarismo oficial. Se José Humberto e seus companheiros não tivessem protestado , o MAC já teria encontrada uma forma democrática, honesta, coerente com os propósitos e " governo participativo" não apregados pelo Sr. José Richa em sua campanha politica. Por último : nem a Associação, através de seus diretores - nem este, colunista - tem nada em termos pessoais contra a elegante Sandra Helena Larsen ( cuja galeria , aliás, sempre teve cobertura em nossas colunas ). Apenas, nesta questão, o posicionamento da Associação foi defesa da classe. E o nosso de independete apoio a esta entidade, que merece, até o momento, o nosso respeito.
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