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Aramis

Busnardo & Flores

Antônio Sérgio Busnardo, 31 anos, ex-ator em algumas produções locais, há 3 anos realizou um sonho de adolescente: conseguiu recursos familiares para passar dois anos em Paris, estudando cinema numa das unidades da Universidade de Sorbonne. Busnardo assistiu aulas, participou de seminários e, principalmente, viu centenas de filmes. Agora, teve que voltar a Curitiba e está, há dois meses, procurando uma definição profissional: ampliou, sem dúvidas, seu conhecimento teórico sobre cinema, teve uma boa experiência de vida mas, em termos práticos, não vê como aplicar este know-how. Principalmente, porque gostaria de permanecer em Curitiba, onde as chances para uma pessoa com o seu conhecimento são, profissionalmente, diminutas. Florisval Lopes, moço idealista que já perdeu dinheiro em três produções rodadas no Paraná ("As Aventuras de Flip e Flop" de José Vedovato "O Diabo Tem Mil Chifres" de Carlos Pena Filho, ambos interditados no INC; "...E Ninguém Ficou de Pé" de José Vedovato, exibido com pouco êxito) vai tentar mais uma vez. Ou melhor cinco vezes, pois parece que vai produzir cinco longas-metragens, o primeiro dos quais dirigido por Sérgio Segall, paulista, há alguns anos radicado em Curitiba, trabalhando na Guaíra, de Júlio Kruger, em filmes publicitários. Um dos filmes - com o título provisório de "Rosinha Quebra Galho", será rodada em Morretes.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
28/05/1977

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