Champalimaud virá ajudar lusos terem o seu centro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de junho de 1986
Antonio Champalimaud, um dos homens mais ricos de Portugal (e que tem também muitos empreendimentos no Brasil) vem a Curitiba na próxima semana. Em seu novo jato - recém-adquirido, especialmente para facilitar suas viagens quinzenais à Europa e Estados Unidos - o poderoso banqueiro e empresário vem assistir no dia 14, pela manhã, a inauguração da Praça Fernando Pessoa, dentro da programação alusiva à Semana de Portugal, organizada pelo Elos Clube e Criart-Promoções Artísticas.
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A primeira idéia era aproveitar a presença de Champalimaud para fazer o lançamento da pedra fundamental do Centro Cultural Luso-Brasileiro, a ser construído através de contribuições de entidades oficiais e particulares de Portugal. Por exemplo, a Câmara de Lisboa vai oferecer azulejos e outras peças de revestimento, enquanto que o grupo Champalimaud deverá fazer uma substancial doação - suficiente para em menos de um ano a instituição ganhar sua excelente sede própria.
Caso o lançamento da pedra fundamental do Centro Luso-Brasileiro não aconteça agora, Champalimaud voltará a Curitiba, dentro de algum tempo, já que ele é, desde já, o padrinho da obra.
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Na Praça Fernando Pessoa haverá uma bela escultura, de 7 metros de altura, em ferro e cimento, executada pelo artista português Canhão Bernardes, 67 anos, há 7 anos no Brasil. Economista que residiu durante anos em Angola, Canhão Bernardes após trabalhar por anos em multinacionais, assessorava, nos últimos tempos, órgãos oficiais em Brasília. Agora, aposentado, vive em Curitiba, dedicando-se à escultura e a escrever seus livros. Em Lisboa, acaba de ser lançado sua última obra, "A Busca do Paraíso Perdido", em três volumes.
A escultura que está fazendo para a Praça Fernando Pessoa, tem um nome muito feliz: "A Chama da Poesia".
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