As cores de Étretat no pincel de Osório
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de junho de 1990
João Osório Brzesinski, 49 anos completados no dia 2 de março, paranaense de Castro, é um dos mais positivos exemplos da geração surgida no finalzinho dos anos 50 e que soube se integrar ao movimento de renovação das artes plásticas no Paraná detonada em 1957. Formado pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná - da qual hoje é professor - João Osório, assim como alguns de seus colegas da época - especialmente Fernando Calderari e Juarez Machado - integrou-se à chamada Geração Cocaco, que entre as reuniões intelectuais naquele pequeno e importante espaço ao lado da Biblioteca Pública (hoje ocupada por um edifício-garagem) e esticadas etílicas no bar Jockey, discutia arte e sonhava com novos tempos.
Trinta anos depois, João Osório, mais de 60 exposições - entre coletivas e individuais é um de nossos artistas mais sólidos, tendo cruzado várias fases e mostrado sempre um processo renovador. De uma recente - janeiro/fevereiro - temporada européia, quando esteve revendo seu amigo Juarez, resultaram 20 telas feitas nas chamadas Falaises de Etretat, na Normandia, onde capturou o clima um tanto fantasmagórico - mas belo - das praias, scarpas e ventos de uma região que inspirou os impressionistas, a começar pelo precursor Eugene Budin, nascido ali mesmo em honfleur, professor de Claude Monet, que também pintou com maestria as Falaises D'Aval e D'Amont.
Estas 20 telas de João Osório marcam a primeira grande individual da nova galeria do arquiteto-marchand Waldir Simões de Assis Filho ("Objeto de Arte", Rua Presidente Taunay, 251-A, fone 233-3329), no próximo dia 21 de junho.
Enviar novo comentário