A cultura ucraniana e o centro de Nadia
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de janeiro de 1986
Os bons projetos que a professora Nadia Kerecuk levou para o Centro Brasileiro de Estudos Ucranianos, cuja presidência assumiu há três meses, deverão ser deslanchados neste primeiro semestre. O primeiro deles é a edição de um dicionário ucraniano-português/português ucraniano, inexistente no Brasil. Professora de ucraniano e inglês - inclusive no curso de ucraniano na Universidade Federal do Paraná, Nadia traduziu já 30 dos mais belos contos de autores da Ucrânia, que com ilustrações de Lidia Jedy, também filha de ucranianos, deverão ser editados pela Melhoramentos.
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O Centro Brasileiro de Estudos Ucranianos foi fundado há 11 anos e se encontrava desativado há muito tempo, embora possua sede própria e uma valiosa biblioteca. Agora, com uma nova e atuante diretoria, os projetos estão crescendo - incluindo apoio à arte e cultura, através de concertos com música ucraniana, exposição de artes plásticas, expansão da biblioteca, recuperação da memória da etnia ucraniana no Brasil - com vistas a futura criação do Museu Ucraniano, em Curitiba.
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Desde o dia 19 de dezembro, o Centro Brasileiro de estudos Ucranianos já tem um conselho diretor. O presidente é o professor Volodymyr Kulczynsky, chefe da graduação de língua inglesa e coordenador do curso de língua ucraniana na Universidade Federal do Paraná. Como membros, fazem parte a professora Oksana Boruschenko, da UFPR (autora de uma tese sobre a colonização ucraniana no Brasil, à espera de edição); a advogada Anna Czymyr; o médico e professor Nicolau Czeczko; a professora Natália Wasczynskyi, o médico Sérgio Savytsky e os professores Olga Kalko e Mirna Slava Voloschen.
Também foi estruturado um Colégio de Estudos, que inclui como seus membros o maestro Iwan Wouk, os pintores Waldomir Romero, Oles Sysak, Ivan Kovaliuk Filho e Bogdan Savytsky, entre outros.
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