De homens, fatos & coisas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de maio de 1978
O publicitário Sérgio Mercer, executivo da Umuarama (Bamerindus) foi eleito presidente do Clube de Criação, em substituição a Ernani Buchmann (Múltipla). Para vice foi escolhido Osvaldo Miranda (Miran), diretor de arte da PAZ, que, aos 29 anos, é um dos primeiros brasileiros a ser admitido como sócio do Art Director's Club, de Nova Iorque, por proposta de Milton Glaeser, um dos mais respeitados nomes das artes visuais nos Estados Unidos.
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Revelação do critico Orlandino Marques, na cidade participando do Seminário de Literatura: uma de suas paixões, afora a literatura, é a boa música brasileira. E é dono de uma selecionada coleção do que há melhor em nosso cancioneiro.
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Numa das primeiras sessões do seminário, um dos poucos curitibanos a tentar incendiar a adormecida reunião, com provocativas questões a Marques foi o contista (e publicitário) Jamil Snege. Nos anos anteriores, a vedete rebelde do seminário era sempre o concretista Paulo Leminski.
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Adan Darius, um dos grandes mímicos do mundo e que esteve no Guaíra, há alguns meses, apresentando-se para um reduzido público, manda de Londres o prospecto de seu "The Mime Centre", único centro de treinamento de mímicos em toda Inglaterra. Eis o endereço para eventuais interessados: The Registrar, 10 Egerton Place, London SW3.
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João Aracheski, executivo da Fama Filmes, em inflamados telefonemas ao Livio Bruni, produtor de "Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia", transmitindo péssimas notícias: em 4 dias de exibição nos 7 principais cinemas da cidade, o polemico filme não havia faturado ainda nem Cr$ 300 mil. Com isso, dificilmente o contrato original poderá ser mantido: 3 semanas em cada um dos 7 cinemas. Pelo visto, a motivação do Esquadrão da Morte, não chegou aos espectadores curitibanos. Ao contrário, aumentaram as reclamações pela falta de maiores opções cinematográficas nesta semana.
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Antônio Carlos Kraide, moço de imaginação, bolou um original convite para o coquetel de apresentação de "Curitiba, Velha Guerra" (Ginásio do Trabalhador, avenida Cândido de Abreu, a partir do dia 1o, hoje, às 23 horas, num casarão da avenida João Gualberto: um guardanapo com o texto manuscrito, mais o decalque, em batom, de femininos lábios. O programa da peça, com músicas de Paulo Vítola e Marinho Galera, será uma espécie de cardápio bem característico de um restaurante curitibano. A peça fala muito sobre Curitiba, seus bares e sua gente, numa espécie de seqüência, mal comportada, de "Cidade Sem Portas". Um dos consultores a quem Kraide recorreu para montar o texto foi o advogado Nireu Teixeira, um dos homens mais bem humorados (e inteligentes) desta nossa patrocity.
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