A defesa da Miss
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de julho de 1976
Três jovens advogados de Guarapuava - Abrão José Melhem, Antonio Carlos Kopp e Plínio Lopes, estão defendendo a Silmara Maria Camargo, miss Paraná 74, há 9 dias presa devido ao uso de maconha e por emissão de cheque sem fundo, juntamente com seu companheiro, Eucleris Slompo. O juiz adjunto da Comarca de Guarapuava, Antonio Martelosso, relaxou a prisão de Silmara, que aguardará no hospital local a audiência para instrução e julgamento. A denúncia apresentada pelo promotor Luciano de Paula é vigorosa, mas os advogados da bela ré, argumentarão pela nulidade do inquérito e flagrante preparado, já que estranham que presa às 20 horas da noite e com o autor do flagrante só lavrado às 3 horas da manhã, momentos após a detenção de Silmara, uma rádio de Ponta Grossa divulgasse o fato em informe extraordinário.
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Silmara Camargo foi eleita miss Paraná na noite de 18 de maio de 1974, na Sociedade Thalia, concorrendo com 23 outras candidatas. 12 dias depois, em Brasília, ficou em 5º lugar no concurso de miss Brasil - que, naquele ano, foi a miss São Paulo, Sandra Guimarães de Oliveira. Chegou-se a comentar que Silmara teria condições de bisar o feito de Angela Vasconcelos (miss Brasil 64), se, num momento de irritação, não tivesse brigado com [várias] concorrentes, inclusive a miss Brasília, Mariza Sommer, 3ª classificada.
Quando esteve no Rio, Silmara foi convidada a fazer cinema. Não aceitou porque era uma pornochanchada e, na época, não lhe agradaria mostrar totalmente as formas perfeitas que a natureza lhe deu.
LEGENDA : Silmara
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