Discurso de Julio
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de janeiro de 1970
Desde quando desembarcou no aeroporto do canteiro de obras da Copel, no município de Dois Vizinhos, em companhia de sue filhos Julio, Luis Carlos e Rui, a sra. Marina Vieira de Carvalho Mesquita passou ontem algumas das horas mais emocionantes de sua vida. Vestida de preto, usando um discreto conjutno de colar-anel-brincos de pérolas, a viúva do jornalista Julio e Mesquita Filho mostrou-se emocionada durante as várias solenidades que marcaram a inauguração da usina hidrelétrica que recebeu o nome de seu marido. Antes da placa com o nome do diretor d'"O Estado de São Paulo", falecido no ano passado, ser descerrada, o primogênito da família, Julio de Mesquita Neto, pronunciou um discurso, datilografado em seis laudas, em que agradecia ao governador Paulo Pimentel a homenagem ao seu progenitor e reafirmava a sua crença na livre iniciativa e no liberalismo econômico. Em uma lingagem jornalística, sem adjetivos, o atual diretor d'"O Estadão" impressionou a centena de autoridades presentes - secretários de Estado, deputados, diretores de departamentos, empreiteiros, etc - pela coerência de seu pensamento, dentro da linha da Liberdade e Democracia sempre defendida pela família Mesquita, através das páginas do mais famoso jornal brasileiro. Fazendo muitas citações de filósofos, economistas e estadistas, Julio de Mesquita Neto pronuciou um discurso que, como observou um jornalista presente, deve ter feito seu pai ficar feliz, ao "ver" que suas idéias continuam a ser defendidas por seus filhos.
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