Franceses
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de novembro de 1980
A música francesa não tem (ainda) a presença mais significativa em nosso mercado fonográfico. Se até os anos 40/50, o ensino de francês superava o de inglês, justificando, portanto, uma maior divulgação dos vocalistas/compositores daquele país, nas últimas décadas a país, nas últimas décadas a difusão do inglês motivou uma supremacia de cantores grupos autores anglo-americanos, em detrimento dos franceses. A prova é que Jacques Brel, excelente compositor (belga de nascimento, mas francês de adoção), autor de "Je'ne me Quitte Pas" ( que Edith Piaf imortalizou) faleceu em 1977 e nem por isto o seu último elepe, lançado postumamente, foi colocado no Brasil. Yves Montand, excelente cantor, teve 2 elepes aqui editados há mais de 10 anos pela Philips, mas nunca mais teve outro álbum aqui editado. E outros exemplos poderiam serem citados. Por isto é oportuno lembrar que a Polygram está lançando o excelente "La Chanson/Edition" (Fontana/ série médium), com uma seleção das mais primorosas: Juliette Greco ("Sous Le Ciel de Paris"), Patachou ("Sous les Ponts de Paris"), Maurice Chevalier ("Ma Pomme"), Jacques Brell ("Ne me quitte Pas"), Georges Brassens ("Le Mauvesse Reputation), Sacha Distel ("Scobidou "Pommes et Pores") e Yves Montand ("Les Fewilles Mortes"), entre os nomes mais conhecidos - ao lado de Mouloudji, Boris Vian, Babara e Eva. Registros entre 1943/67, as faixas selecionadas para este álbum constituem um painel do que melhor existe na música francesa.
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