Observatório.
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de novembro de 1980
ELIFAS Andreato, paranaense de Caviúna, atual Rolândia, aos 34 anos, só no dia 20 de novembro virá conhecer Curitiba. É que este paranaense que se tornou um dos nomes mais respeitados nas artes gráficas, em 1959 foi morar na Vila Anastácia. Filho de imigrantes, família humilde, trabalhou inicialmente como lustrador de móveis mais já se interessou por artes plásticas, o que o levou a praticar escultura nos blocos de gesso que uma industria local usava para fundir motores. Em 1960, aos 14 anos, empregou-se como aprendiz de torneiro mecânico na fábrica de fósforos Fiat Lux e aí, em 1964, começou a fazer seus primeiros desenhos, a princípio no banheiro, às escondidas e depois no jornalzinho da empresa. Seus desenhos e os quadros que pintava chamaram atenção da imprensa paulista e o "Diário da Noite" lhe dedicou uma reportagem. Convocado para o serviço militar, ao dar baixa do Exército decidiu seguir a carreira artística e começou a trabalhar em pequenos estúdios e agencias até que, em 1967, teve na Editora Abril seu primeiro emprego ligado às artes gráficas.
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No Museu Guido Viaro, de 20 de novembro a 7 de dezembro, uma exposição organizada pela Consultoria de Projetos Especiais da Funarte, mostrará a obra de Andreato. Com o título de "Impressões", a retrospectiva nasceu da constatação do fato de uma arte tão abrangente como a de Elifas ainda não ter sido abordada na sua totalidade reveladora, como explica Herminio, acrescentando: "Não se quis, também, de acordo com a vontade do artista, que fosse mais uma rotineira penduração de quadros, mas sim que a exposição tivesse também um caráter didático, revelando todo o curso do processo industrial de seu trabalho.
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