GENTE
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de março de 1973
Revendo parentes e preparando seu primeiro grande trabalho na arte do vitraux, Zeldi Akerman aceitou o convite para fazer uma próxima individual na galeria do Teatro do Paiol, com as tapeçarias que a consagraram como uma das mais promissoras criadoras nesta técnica. Começando a criar na tapeçaria a partir de 1968, em 1970 Zeldi participava de uma coletiva na galeria grupo B, em Botafogo, onde, no ano passado, fez sua primeira individual. Carioca, filha de um dos mais famosos neurocirurgiões do Brasil - o professor Abraão Akerman, Zeldi estudou desenho em Paris, na Academia Grande Chaumiere e na Escola Nacional de Belas Artes. Confessando seu amor pelas plantas, seu gosto de trabalhar em jardins, de participar dos arvoredos e das flores, diz:
- "A natureza que eu recrio em meus tapetes, com pássaros fantásticos, plantas e crustáceos é uma espécie de protesto contra a acentuada maquinação do homem".
- Alta, loira e bonita, Zeldi tem muitos parentes em Curitiba e foi na galeria de uma de suas primas, dona Anita Guelman, que vendeu seus primeiros trabalhos. Agora, a convite de outro parente, o arquiteto Júlio Pechmann, está criando um grande vitraux - "um trabalho novo e que muito me fascina". Elogiada por Caribé como "dedicada e sensível na conquista de seu posto de profissional na difícil arte da tapeçaria", Zeldi começou a fazer tapeçaria por acaso a pedido de sua mãe.
- "Parece que agradei, pois as pessoas que viam o trabalho acabavam fazendo encomendas. De 1969 para cá, já fiz mais de 60 cartões, sendo que alguns foram adquiridos antes mesmo de passá-los para a tela".
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