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Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de fevereiro de 1974
Se dependesse dos cineclubistas e dirigentes de entidades culturais que se reuniram no Paiol até terça-feira última, a indicação de um nome para presidir o Instituto Nacional do Cinema no próximo governo, sem dúvida Alcino Teixeira de Mello teria unanimidade. Pois este mineiro de 56 anos, trabalhando no INC desde a sua criação, há sete anos, conseguiu estabelecer um franco e sincero diálogo com os cineclubistas desde que esteve em Salvador, em setembro último, na II Jornada Nordestina de Curta-Metragem, de tal forma que sua presença em Curitiba foi uma decorrência natural da simpatia e estima que granjeou entre os jovens que se preocupam com a cultura cinematográfica em nosso País. Dirigindo o Departamento do Filme de Longa Metragem do INC há dois anos. Alcino foi anteriormente chefe-de-gabinete do ex-presidente Ricardo Cravo Albim, que teve nele um dos mais sinceros e leais assessores. Durante 30 anos advogado do Instituto Nacional de Imigração e Colonização, a serviço do qual esteve por alguns anos residindo na Itália, Alcino foi para o INC ao se aposentar daquelas funções burocráticas. Confessando que ao entrar no INC "nada conhecia de cinema", mostrou porém a sua seriedade profissional, especializando-se em pouco tempo na legislação cinematográfica, de tal forma que há dois anos reuniu tudo que existia para um elucidativo livro, com inteligentes comentários e que hoje é obra indispensável a todos que direta ou indiretamente se preocupam como nosso cinema. Advogado da turma de 1933 da Universidade Nacional, com várias obras jurídicas publicadas, o Dr. Alcino prepara atualmente uma nova edição sobre Legislação Cinematográfica.
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