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Aramis

As gravuras de Sandra

Apesar do frio e da neve, Célia Lazarotto, mineira de Belo Horizonte, ex-diretora da Casa do Brasil em Paris, tradutora e, principalmente, a grande companheira do compadre Poty - o nosso artista plástico de maior renome nacional, está na cidade. O casal veio passar alguns dias, Poty, caladão como sempre mas rodeado de centenas de amigos que aqui tem 1 especialmente feliz com o reencontro com Franco Giglio, uma das pessoas com quem mais se identifica em seu trabalho. Se Poty é curitibano de nascimento mas mineiro em comportamento - ouve muito, fala pouco, observa sempre - Célia é extrovertida, sempre com observações inteligentes, às vezes sarcásticas - mas capaz de encantar qualquer pessoa após 5 minutos de conversa. O casal, radicado no Rio há quase 30 anos, tem amigos por todas as partes - e eles sempre estão aumentando. Poty jamais se recusou a aceitar novas encomendas, e com isto seus trabalhos monumentais estão espalhados em praças, parques, edifícios lojas, prédios públicos e residências por todo o País, ao lado de desenhos, talhas - enquanto que mais de uma centena de livros de autores brasileiros ou traduções tiveram a enriquecê-lo nas capas, desenhos etc. Além de tudo, Poty tem também influenciado muitos artistas, despertado vocações. Uma destas é Sandra Santos, pernambucana de Recife, que começou a se interessar por xilogravura em 1964, quando estudava técnicas com Isa Aderne e Orlando Silva, não o cantor, mas um professor. Depois casou-se com o violinista Turíbio Santos, teve 2 filhos, girou pelo mundo mas, em 1974, voltou à xilo - estimulada por Poty e Célia. Agora novamente solteira, Sandra retoma sua carreira: após ter criado as capas e contracapas para os lps "Rosa de Ouro" e "Choros do Brasil" e um cartaz para encontro nacional de duração artística, participou de 16 mostras coletivas em 3 anos, inclusive uma de gravura brasileira em Dallas, fez duas individuais, a última das quais, inaugurada a 23 de abril, na galeria "A Gravura Brasileira", e na qual, em poucos dias, todos os seus trabalhos foram vendidos. Com convites para novas individuais - inclusive em Curitiba, Sandra trabalha agora em ritmo intenso - numa linha das mais elogiadas e quem na opinião de Poty e Célia, inclui os elementos puros da gravura nordestina com uma técnica cada vez mais aperfeiçoada. FOTO LEGENDA: Sandra & sua gravura
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
03/06/1979

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