Um diário de viagem nos desenhos de Poty
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de outubro de 1990
Rejuvenescido, com ótimo humor e cheio de planos, o querido Poty Lazarotto voltou a toda de sua viagem a Suíça e Alemanha e está trabalhando em tempo integral para no próximo dia 24, quarta-feira fazer uma individual na galeria Banestado.
Durante os dias que passou na Suiça, Poty fez questão de visitar pequenas cidades medievais, fazendo anotações em desenhos que, agora transforma em obras definitivas - de grande beleza - para esta exposição que nos mostrará uma espécie de "diário de viagem".
Arguto observador, Poty vai estabelecer uma identificação entre as milenares cidades alemãs que visitou com Antonina, "vendo semelhanças entre ambas".
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Embora ainda não tenha tomado uma decisão final, Poty pensa em fazer ao menos parte dos desenhos em preto-e-branco, técnica que usou durante anos. Só que nos últimos tempos os colecionadores passaram a pressioná-lo por trabalhos em cores - no que também tem se revelado um mestre.
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O bilionário Fritz Mueller, presidente da Gemú, uma das maiores fábricas de válvulas do mundo, "com filiais na Austrália, Estados Unidos, Japão e... São José dos Pinhais" - como diz Poty, há muitos anos colecionava os trabalhos de Poty - sem conhecê-lo. Assim, convidou-o para fazer duas exposições, em seus castelos nas cidades de Zuck (próximo a Zurich) e Indefiny, no qual os convidados foram ultraselecionados.
Fernando Calderari levou seus trabalhos, pois o Sr. Mueller também aprecia seus óleos.
Como Poty, Calderari, 54 anos, lapeano, aproveitou a viagem para fazer alguns trabalhos - só que em gravuras e óleos, especialmente na cidade de Hamburgo, pela qual se apaixonou na zona portuária.
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