Hoje é dia de ouvir jazz com Mulligan
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de novembro de 1990
Infelizmente parece que o Blue Note Jazz Club morreu. Há meses não se ouve falar em suas jam sessions e os próprios músicos que, no início, mostravam-se animados, hoje são pessimistas.
Público, entretanto, continua a existir, pois neste final de ano a Polygram está lançando em CD excelentes gravações com Charlie Parker e outros gênios do instrumento e, há dez dias no Brasil, um dos nomes mais valorizados da linha West Coast - Gerry (Gerald Joseph) Milligan (Nova York, 6/4/1927) faz uma excursão que inclui, hoje à noite, uma única apresentação no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto.
Barba e cabelos brancos, mostrando que a idade chegou, também para a rapaziada que na década de 50 fazia um estilo mais romântico e suave de jazz, Mulligan exibe uma das mais amplas discografias - grande parte disponível no Brasil -, desde que em 1947, gravou "Jockey Jump", quando participava do grupo do baterista Gene Krupa (1909-1973). Fundamental foi sua passagem com Miles Davis, que em 1948 trabalhava no Royal Roost, período em que foram feitas gravações históricas.
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