Lembrando as antigas matinês
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de agosto de 1980
Fora dos meses de julho, dezembro, janeiro e fevereiro, são raros os filmes com censura livre na cidade.
Entende-se que não é possível liberar tanta violência e erotismo para as crianças, mas ao menos nos fins-de-semana os programadores de nossas casas de exibição deveriam lembrar-se de que há um público imenso, sem maiores opções e que, não indo ao cinema, acaba se desinteressando - e com isto, no futuro, não haverá mais espectadores. Quem não se lembra da emoção dos matinês no Ópera, América, Curitiba, Ritz e Palácio, nos anos 40, 50 e mesmo 60 - e do que ficou apenas a saudade?.
Mas, vez por outra, aparece algum filme de censura livre. Como "A Ilha dos Ursos", que a Columbia promete lançar amanhã no Rivoli. Uma história movimentada que reúne um elenco de primeira grandeza Donald Sutherland, Vanessa Redgrave, Richard Vidmark, Christopher Lee, Lloyd Bridges, entre outros. O diretor, Don Sharp, é ainda pouco conhecido, mas entre os roteiristas estão David Butler e Murray Smith, que inspiram confiança. Em tempo: ainda hoje, no Condor, em exibição um dos melhores filmes nacionais do ano "Gaijin Os Caminhos da Liberdade", de Tizuka Yamasaki.
Não perca! Vale a pena.
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