Livro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de abril de 1973
Murilo Nunes Azevedo adverte, com clareza, na apresentação: "O titulo estranho é a imagem de um centro de paz no meio do conflito. Simboliza a essência das mais diversas escolas religiosas e filosóficas do Extremo Oriente, que sempre indicam caminhos para o encontro do homem confio mesmo. Com a paz fundamental, com a luz, que existe mergulhada nele. Há sempre um ponto de paz à nossa espera no meio do conflito. Um porto à nossa frente". Assim "O Olho do Furacão" é também chamado pelo seu autor de "Um panorama do pensamento do extremo Oriente". Título longo que acabou ficando como subtítulo. "Preferimos a síntese do símbolo e suas insinuações psicológicas à clareza do rótulo. O extremo Oriente é, por excelência, Intuição", acrescenta ainda o autor. Em 400 páginas, Murilo Nunes de Azevedo reuniu os textos de aulas e conferências realizadas em diversas Universidades brasileiras. Muitas foram preferidas no interior de recintos católicos, "pois chegou o momento de terminar a separação ilusória nascida da intolerância religiosa, que colocava os cristãos de um lado e os infeia do outro. Está nascendo uma cultura global em que não há lugar para antagonismo reacionário. Mais do que nunca, na época atual, quando a técnica delirante quer assumir os desafios da raça humana, a Ciência e a Religião deverão se aproximar. Todos lucrarão com o encontro" afiança ainda Azevedo, neste seu livro de idéias, que define bem a sua personalidade: engenheiro, professor universitário, poeta, escritor, monge budista, editor.
FOTO LEGENDA- O Olho do Furacão
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