Música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de abril de 1973
Há alguns anos, quando esteve em Curitiba pela última vez, o ator Othon Bastos acompanhava, pelos jornais a carreira de "O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro", de seu amigo e conterrâneo Glauber Rocha, no Festival de Cannes, e nos dizia: "Mesmo que soubesse que não iria ganhar nada, partiria agora mesmo para trabalhar em qualquer filme que Glauber realizasse". Um sinal de não só uma profunda amizade com o diretor de "Cabeças Cortadas", mas também reconhecimento pela projeção que obteve após ter atuado em "Deus e o Diabo na Terra do Sol", até hoje um dos momentos mais felizes do cinema nacional. Apesar de se considerar um ator de teatro, Othon - que hoje a noite estréia no auditório do Guaíra a peça "Um Grito Parado no Ar" de Gianfrancesco Guarnieri - tem aparecido, com destaque em importante filmes: "Sol sobre a Lama" de Alex Viany, "O Pagador de Promessas" de Anselmo Duarte, "Capitu" de Paulo Cesar Saraceni, "Os Deuses e os Mortos" , "São Bernardo" de Leon Hirzman, além dos dois melhores filmes de Glauber. Mas foi no teatro que Othon iniciou sua carreira, em 1950, no grupo de Paschoal Carlos Magno. Como bom baiano sua estréia profissional deu-se três anos depois, em "Lampião" de Rachel de Queiroz. Em 1956 foi estudar com Weber Douglas em Londres.
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