Lyra, 41 anos de Bossa
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de maio de 1977
Após permanecer meses sem nenhuma atração musical, finalmente o Teatro do Paiol volta a justificar que o público interessado em bons espetáculos se desloque até o Prado Velho: sexta-feira estréia do compositor-cantor Carlos Lyra, nome da maior importância dentro da música brasileira. Aos 41 anos - que completa por coincidência hoje, carioca do signo de Touro ("Com uma carta astrológica em que você sabe seu ascendente, você tem inclusive uma pista para saber a influência dos astros - mares, movimentos da Lua etc. E se o homem é composto de 85% de água, tem que receber alguma influência dos astros"). Carlinhos já tem uma quilometragem musical de mais de 20 anos, pois começou a compor ainda garoto, e em 57, Os Cariocas gravaram sua primeira música - "Criticando", espécie de percursor de "Influência do Jazz", (que faria em 1962).
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Carlos Lyra veio a Curitiba pela primeira vez em 17 de março de 1973 e, no mesmo ano, numa promoção do hoje letrista (parceiro de Cesar Costa Filho) Heitor Valente, retornou, para uma segunda temporada no auditório da Reitoria. Há dois anos, após fazer um magnifico lp na Continental, viajou novamente para os Estados Unidos, de onde só retornou em fins de 1976.
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A esposa de Carlos, a norte-americana Kate Lyra, é hoje uma das mulheres mais conhecidas do Brasil: começou fazendo comerciais para televisão, estrelou alguns filmes e é hoje uma das mais bem pagas modelos brasileiras. Aliás ela e Carlinhos fizeram um comercial dos cigarros LS, que está nos cinemas, televisão e, em forma de posters, nos bares de todo o Brasil.
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