Madalena desistiu da "Feira Cênica"
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de maio de 1987
Madalena Nichols já cancelou o projeto da Feira Cênica. Desiludida com a falta de palavra dos que haviam prometido ajuda para este projeto cultural que movimentaria o Parque São Lourenço durante 6 semanas, Madalena lamenta que não tenha havido, no mínimo, consideração de algumas empresas e entidades que procurou. Entre São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, visitou mais de cem empresas e, em Curitiba, houve um executivo de marketing de um Banco que, após analisar a solicitação de ajuda de Cz$ 100 mil lhe ofereceu apenas Cz$ 25 mil. Madalena, elegante, agradeceu, mas frisou que estava propondo um patrocínio cultural, não abarganhando esmolas.
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Madalena ensaiou com elencos locais três peças: "A Mandragora", de Machiavel; "O Servidor de Dois Amos", de Carlo Goldoni e "Um Conto de Natal", de Charles Dickens. Os espetáculos estão praticamente prontos, faltando apenas recursos para os figurinos e cenários - e o que implica ao redor de Cz$ 1 milhão.
A Feira Cênica, envolveria teatro clássico, pavilhão, circo, danças populares e folclóricas, com a participação de mais de 100 profissionais. "Foi justamente pela abertura de mercado de trabalho que o Sindicato dos Profissionais em Espetáculos do Paraná deu o apoio ao projeto de Madalena", explica Aloisio Querobim, que, com sua esposa, Luciana, hospedaram Madalena e tem lhe dado uma mão firme nesta frustração cultural curitibana.
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A idéia de Madalena, atriz e diretora de teatro das mais respeitadas, era muito boa. Pena que teve a ilusão de que no Paraná os eventos culturais encontram apoio. Hoje, é mais uma descrente com o nosso Estado.
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