MDB sem mulheres
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de maio de 1976
Apesar de todo o crescimento políticos nos últimos meses, o MDB está com imensas dificuldades para conseguir mulheres dispostas a concorrer aos cargos eletivos, em novembro próximo. Até agora, só uma professora suplementarista de Marisselva, cujo nome nem o presidente do Diretório Estadual, Francisco Scalco, sabe, aceitou disputar. Em Curitiba, apesar de todos os insistentes convites, a jornalista Marilena Mello Braga, de tradiçòes petebistas (filha do ex-senador Rubens de Mello Braga, sobrinha do ex-deputado Leo de Almeida Naves), também ainda não se decidiu se luta ou não por uma cadeira na Câmara Municipal.
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Se as mulheres estão temerosas de concorrer pelo MDB, com os homens não ocorre isso: só em Curitiba já há 100 candidatos a vereador, o que permitirá ao diretório municipal fazer uma boa triagem, selecionando os mais aptos - com melhores condições de voto e intelectuais - para chegar a Câmara Municipal, "se possível fazendo a maioria", diz o otimista presidente do diretório estadual, Euclides Scalco.
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Em Ponta Grossa, a situação parece bem definida: Luis Carlos Zuk. Em Maringá, a situação é mais delicada, com múlitplas correntes - o que pode inclusive acabar favorecendo a Arena, que tem no deputado Luis Gabriel Sampaio um de seus principais nomes. Pelo MDB, são candidatos a Prefeitura, entre outros, o deputado Antonio Facci, Walter Guimarães e Horácio Racanello. Embora liderando um dos blocos do MDB, em Maringá, o deputado Alencar Furtado não é candidato. Em Francisco Beltrão já foi escolhido o candidato a sucessor do atual prefeito Antonio de Paiva Cantelmo: o contador Severino Sartori.
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Atualmente o MDB tem 22 prefeituras e cerca de 500 vereadores no Paraná. Nos cálculos de Scalco, pensa, em triplicar estes números.
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