Rosemary, mais uma candidata à Câmara
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de novembro de 1985
Tudo indica que será grande o número de mulheres na disputa das eleições de 1986, tanto para a Constituinte como, especialmente, para a Câmara. Uma jovem e bela curitibana que sonha em chegar ao Legislativo Municipal é Rosemary Kaluf Schwenneck, 32 anos, funcionária da Copel, mas à disposição do gabinete do deputado Nilso Sguarezzi, presidente da Assembléia Legislativa.
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Esposa de um engenheiro da Copel, empresa da qual é funcionária há 12 anos, Rosemary é aluna do 4º ano da Faculdade de Direito de Curitiba. Feminista feroz, pretendia incluir-se entre as integrantes do Conselho da Condição da Mulher mas, na última hora, acabou preterida. Na Faculdade de Direito, onde exerce liderança entre os colegas, era também um nome cotado para a presidência do Diretório Acadêmico Clotário Portugal, mas foi vetada em atitude "exclusivamente machista". O escolhido foi o estudante Maurício Ribas.
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Loquaz, verbalizando bem as idéias, e muito simpática, Rosemary já está em campanha. A área de atuação da jovem será basicamente o campo social, voltado para o atendimento das crianças carentes e defendendo a instalação de creches em toda a cidade e, especialmente, assistência aos adolescentes que perambulam pelas ruas
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Outra mulher que também está em franca campanha, só que no caso para a Câmara Federal, é Maria de Lourdes Montenegro, presidenta da Fundação de Recuperação do Indigente. Como foi uma das que mais trabalharam pelo candidato Roberto Requião, consta que já teria sido convidada pelo prefeito eleito para continuar no cargo. Ela, à moda mineira, nega qualquer conversa nesse sentido, mas não esconde que terá toda a força política para a campanha.
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