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Aramis

Melhores & Maiores no "Exame" de 1980

Não é apenas a "Visão" que anualmente edita um número especial de análise da economia brasileira. "Negócios em Exame", da Editora Abril, também faz circular uma edição especial para detalhar o comportamento das "melhores e maiores", com tabelas, gráficos e textos sobre as 500 maiores empresas privadas e as 50 maiores estatais, por venda, os 50 maiores bancos e as maiores empresas do setor Financeiro. Para montar a sétima edição de "Melhores e Maiores" a editora de "Exame" mobilizou duas equipes principais, totalizando mais de 50 pessoas. O resultado é mais uma utilíssima publicação para ajudar a conhecer melhor o comportamento da economia brasileira, tarefa que desafia mesmo os analistas altamente preparados. Como diz o editorial da revista, "o maior problema enfrentado de "Melhores e Maiores" foi o da maxidesvalorização do cruzeiro, em dezembro de 1979. Felizmente, porém, apenas 25% das empresas analisadas optaram por diferir seus efeitos, contrariando assim os princípios apresentados. Mesmo porque não foram constatadas alterações substanciais no desempenho global das empresas que recorreram a esse procedimento. De modo geral, aliás, as empresas que apresentaram os melhores desempenhos preferiram, absorver os efeitos da máxi no próprio exercício em que ela se deu". O levantamento de "Exame" apresenta o comportamento das empresas por Estados, o que permite se comparar com maior rapidez a performance do Paraná em relação às demais unidades da Federação. Observam os analistas de "Exame", que o mais chama a atenção nos resultados de 1979 das empresas paranaenses é o surpreendente crescimento das vendas de quatro delas: Philip Morris (87,7%), Cocamar (83,4%), Coamo (62,8%), e Frigorifico Santo Antônio (51,2%). Esses desempenhos elevaram o crescimento médio das vendas das vinte maiores empresas do estado para o excelente índice de 17,6%. No total, as três maiores (Hermes Macedo, Copel e Philip Morris) faturaram mais de 20 bilhões de cruzeiros, valor que eqüivale praticamente à metade da receita das vinte maiores. No que se refere a rentabilidade do patrimônio, os destaques ficam para Coamo (45,4%), Cocamar (39,9%) e Imcopa (34,3%). A média das vinte maiores também atingiu um excelente índice: 12,3%. Também em produtividade, as empresas paranaenses não ficaram para trás: o índice de 1,54 em vendas sobre ativo total foi um dos melhores do País. O destaque coube ao Frigorifico Santo Antônio - com 5,9. Coamo, Hermes Macedo e Imcopa, com 2,1 merecem citação. Xxx Mas, lembra "Exame" que "no entanto, nem tudo é um mar de rosas para as empresas paranaenses". A liquidez média (0,94), por exemplo, pode ser considerada relativamente baixa. Apenas quatro empresas (Imcopa, Hermes Macedo, Cacique e Coamo) ficaram acima de 1,00. Ressalte-se ainda de 1,00. Ressalte-se ainda que o capital de giro médio das vinte maiores foi negativo (menos 73 milhões de cruzeiros) e que o índice médio de capitalização também foi relativamente baixo, não chegando a 40%. Esses indicadores menos favoráveis são, contudo, contrabalançados por um desprezível índice de endividamente médio de 12,5% pode ser considerado tranquilizador. Xxx As tabelas das 500 maiores empresas privadas, por vendas, do País, inclui Hermes Macedo em 33o lugar, com vendas de Cr$ 10.375.915.000,00 acima inclusive da Mendes Júnior. Mas em 1979, a posição de Hermes Macedo era de 32a classificada, posição que perdeu para a siderúrgica Mannesmann. As dez maiores empresas privadas, por vendas são a Shell, Souza Cruz, Volkswagen, Esso, Ford, General Motors, Atlantic, Texaco, Mercedes-Benz e Petróleo Ipiranga. Entre as 50 maiores empresas estatais, também por vendas, a Copel ocupa a 32a classificação com vendas de Cr$ 5.676.360.000,00. Curiosamente ao contrário de Hermes Macedo S/A, subiu um degrau em 1979 sua classificação era de 33a na lista, para onde passou agora a Fepasa, de São Paulo. Acima da Copel, em 31o lugar, está a Petroflex. Já a telepar também subiu um degrau: de 43o para 42o lugar, com vendas de Cr$ 3.230.103.000,00. Xxx Na tabela dos bancos, por depósitos, o Bamerindus, com Cr$ 25.486.000,00 ocupa a 10a posição, abaixo do Real, Nacional, Unibanco, Itaú, Banespa, Bradesco e Banco do Brasil. A posição do Banco do estado do Paraná com Cr$ 9.593.134.000,00 é de 27a classificação. Entre os bancos de desenvolvimento, em volume de empréstimos, o Badep está em 6o lugar, com Cr$ 11.673.039.000,00. Entre os bancos de investimentos a posição do Bamerindus é a de 11o, com empréstimos na ordem de Cr$ 12.857.926.000,00. Xxx Chega a ser quase óbvio, mas aqui fica o registro: as maiores empresas estrangeiras. Comecemos pelas 10 maiores americanas: Esso, Ford, General Motors, Atlantic, Texaco, Philco, Goodyear, Cargil, IBM e General Eletric. As alemãs: Volkswagen, Mercedes Benz, Mannesmann, Siemens, Robert Bosch, Bayer, Hoescht, AEG-Telefunken, Basf e Krupp; as holandesas: Gessy Lever, Philips, Makro, Verolme, Petróleo Sabbá; Ibrape, Ultralar, Carrefour, Cesbra e Wallita; as inglesas: Shell, Souza Cruz, Anglo, Linhas Corrente, Shell Química, Joanes Industrial, Castrol, Pirahy, Atlantis e Samab; as suíças: Nestlé, Biga-Geigy, Brown-Bovery, Roche, Sandoz, Óleos Brasil, Curtumes Carioca, Ciminas, Aisa e Cerâmicas Paraná; As francesas ficam em 5: Rhodia, Santa Marina, Brasilit, Barbará, e Rhodia Nordeste; as italianas: Pirelli, Fiat, Fiat Diesel, Sade-Sul, Liquigás, Olivetti, A . Tonolli, Brasileira de Eletrificação, Erminio Bozzo e Fiat-Allis. Finalmente as 5 maiores japonesas: Ishibras, MWM, NEC, Fukukawa e Kanebo.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
9
12/11/1980

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