No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de julho de 1990
Após uma parada forçada de dez dias, novamente estamos no "Campo de Batalha" - do jornalismo, das notícias, das observações. Um período de grave problema de saúde - da qual entramos agora em fase de convalescença, o que pode justificar eventuais interrupções, mas a disposição de, mesmo que timidamente, com todas as nossas limitações, erros ou eventuais acertos, em manter um trabalho que já se aproxima das três décadas: 25 anos, ininterruptos, em "O Estado" (desde 12 de julho de 1965, praticamente sem ausências) nos anima a manter, para alegria dos bons amigos e fieis leitores esta presença - dispensável talvez àqueles que não desejavam o nosso retorno.
Mas resistir é preciso, já dizia o poeta, e aqui estamos, capengando, mas sinceramente.
Aos amigos bons, leais e sinceros - daqueles que se guarda do lado esquerdo do coração como diz o poeta Fernando Brandt - muito obrigado pelas visitas, mensagens, telefonemas e palavras de apoio - que prosseguem nestes dias ainda de dor e convalescença. Um obrigado aos que, se revelam nas horas difíceis, AMIGOS de letras maiúsculas. Um agradecimento especial aos médicos Gerson Gebert e Paulo César T. Hokmann, bem como a Hélio Germiniane, às doutorandas, assistentes e a competente equipe dos anjos-de-branco do Hospital do Coração, que, por dez dias, tanto nos ajudaram; além do sempre dedicado Cleonir Vasconcellos, as enfermeiras Nadir, Marilene, Natália, Neuza, Alvina, Miralia e Ilda.
Enfim, embora evitemos sempre que possível referências pessoais, uma gratidão imensa a todos os amigos leais destes momentos em que se pensa mais na fragilidade da vida, na temporalidade das coisas, da inutilidade do poder - e se aprende, com humildade, a entender melhor as pessoas e perdoar aqueles que só o mal desejam aos próximos.
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