No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de dezembro de 1989
Apesar de cumprir uma agenda apertada, o jornalista e sociólogo Raimundo Rodrigues Pereira, que a convite da Secretaria da Comunicação Social encerra hoje o projeto "Paraná Debate Brasil" (palestra no auditório da Amorc - Ordem Rosa Cruz, 19:30 horas), encontrará tempo para rever um amigo muito especial: o engenheiro Cassio Taniguchi, presidente do IPPUC.
Raimundo e Cassio foram colegas no Instituto Tecnológico de Aeronáutica, em São José dos Campos, SP, nos anos 60.
Só que Raimundo não chegou a conclluir o curso: devido a suas atividades políticas foi expulso do ITA e com isto o jornalismo político ganhou uma de suas maiores expressões. Raimundo foi fundador do "Movimento", o mais sólido jornal alternativo, que circulou de 1974/81, passou por "Opinião", revistas "Veja" e "Realidade". Hoje é diretor da Editora Política e coordenador da enciclopédia "Retratos do Brasil".
Sempre que vem a Curitiba, Raimundo faz questão de rever Cassio, que inclui como um de seus grandes amigos. Outro curitibano que foi seu contemporâneo no ITA - e também acabou sendo expulso daquela escola da Aeronáutica devido a ditadura - é Luís Esmanhoto, hoje um dos mais bem pagos técnicos em computação do País - e que no início do governo Ney Braga, em 1975, ocupou por alguns meses a superintendência do Teatro Guaíra.
Afinal, Curitiba tem o seu primeiro cinema drive-in. Vencendo o cipoal burocrático municipal - que quase o levou a desistir do empreendimento - o exibidor Ari Antônio Alves Sobrinho inaugurou o primeiro espaço ao ar livre para exibição de filmes como "Yeti - O Monstro do Século XX". O drive fica na rua Floriano Essenfelder, 95, Boqueirão e a esperança do proprietário é que ao menos durante o verão (quantos dias?) haja um bom faturamento.
Ainda bem que a atriz Irene Ravache não veio hoje a Curitiba, participar do debate do filme "Que bom te ver viva" - já que ela interrompeu a temporada da peça "Uma relação tão delicada" (que há três meses lota o teatro São Luiz, SP) para uma viagem aos EUA. É que o debate será às 19:30 horas - mesmo horário que Luís Groff estabeleceu para o lançamento de seu livro "O Espírito do Vinho" (show-room da Olsen Veículos).
Irene foi quem fez o prefácio deste livro de Groff - revelando, assim, a sua face de enologista, que poucos conhecem. E se estivesse na cidade, seria difícil prestigiar o lançamento do livro que prefaciou.
Aliás, a época é de literatura enológica: no dia 23, quem aqui esteve lançando seu livro a respeito - "Vinho e Cultura" (editora Melhoramentos, 268 páginas, NCrz$ 113,40) foi o médico Sérgio de Paula Santos. Membro da Confrérie des Chevaliers du Taste-Vin, de Borgonha e para inveja de Groff - único brasileiro aceito no Gesellschaft fur Geschichte des weines, de Wiesbaden, RFA - outros títulos, Sérgio de Paula escreve sobre sua especialidade no "Estado de São Paulo" e na "Folha de São Paulo".
Amanhã, na galeria Banestado, o Grupo Onze faz a última mostra do ano. Neste grupo, há alguns artistas de talento e bastante prestígio como Domicio Pedroso, Leila Brown e Ida Hannemann de Campos.
Juarez Machado está na capa do livro "O Espírito do Vinho". Como aqui noticiamos, em sua última circulada curitibana, autorizou a Groff usar um de seus quadros na capa do livro que agora é lançado. Enquanto isto, em Paris, Juarez inaugurou no dia 2 de dezembro a sua nova exposição na Galeria L'Entrée Des Artistes, do casa Ascencion e Jaques Detrait.
O cirurgião-dentista Wilson Reese, que fez cursos de especialização na Grécia, cuidou pessoalmente de um marketing especial para anunciar a inauguração de seu novo consultório - instalado na rua Comendador Araújo, 323 - edifício Comercial Sul.
Enviar novo comentário