No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de agosto de 1988
Revista de Poesia e Crítica, editada há 11 anos em Brasília, publica em seu número 13, um grande elogio a "Odes, Elegias e outros Poemas", do poeta João Manuel Simões (Tesaurus, 1987), de autoria do ensaísta Carlos Burlamáqui Kopke. Por sinal, um de seus últimos textos, pois Kopke faleceu há alguns meses.
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O advogado Ricardo Quadros Cravo, 45 anos, dedicando-se agora em full-time a presidência do Curitibano: deixou a coordenadoria de marketing e planejamento da Secretaria da Comunicação Social. Foi substituído pelo Sr. Sedu Protagio Branco Jr.
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Muita gente pergunta se o novo diretor do Departamento Estadual do Arquivo Público, Rubens Antoni Albino, conseguirá manter o mesmo nível que Mbá da Ferrante e, nos últimos meses, Francisco Brito de Lacerda, deram ao excelente "Boletim do Arquivo Público". Mbá, falecido há poucos meses, dirigiu o Arquivo por 30 anos e criou aquela publicação. Brito de Lacerda, lapiano, interessado em história, soube manter o nível da mesma. Agora, a respeito das intenções do Sr. Albino nada de sabe.
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Continuam as viagens internacionais de felizes técnicos do governo: o engenheiro civil Wilson Kuster Filho, da Secretaria dos Transportes, está em Washington desde o dia 8, oficialmente para participar do Treinamento de Sistemas Operacionais de Acompanhamento de Programas implantados pelo BID.
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Já o secretário Osmar Dias, da Agricultura e equipe (quantos?) estiveram em Buenos Aires, de 10 a 14 de agosto, "visando incrementar o intercâmbio comercial entre Paraná e aquele país, bem como motivar a participação de criadores e empresários argentinos na I FILLA e XIX Expotiba".
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Mais modesta, Nadja Maria Ferreira, advogada da Secretaria da Fazenda, ficará até 11 de novembro em Brasília, assistindo ao XVI Curso de Administração Tributária promovido pela Secretaria de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda.
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Leila Menezes Lourenga, psicóloga do IPE, esteve no Congresso do Campo Freudiano Internacional, em Buenos Aires, de 13 a 18 de julho. A autorização para sua viagem, com "ônibus limitado", só foi publicado no Diário Oficial do Estado, 25 dias após ela ter embarcado.
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Há duas décadas que a professora, crítica de artes plásticas e pesquisadora Adalice Araújo vem escrevendo artigos e ensaios na imprensa paranaense. Mas nunca um texto seu foi tão lido e discutido quanto uma flamejante carta-depoimento sobre as razões que a levaram a deixar a direção do Museu de Arte Contemporânea e que, ela própria, está distribuindo a comunidade artística.. Não só paranaense, mas em termos nacionais.
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Um exemplo da músca alemã pós-moderna, com trabalhos de autores de vanguarda está num documental disco produzido por Elmar Brandt e AsmusTiechens patrocinado pelos Institutos Goethe do Brasil. Uma música que, definitivamente, não é para tocar no rádio e que exige atenção para ser ouvida. Mas significativa de novas propostas.
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Aliás, a música contemporânea começa a ser mais divulgada entre nós: a temporada de Stockhausen no Rio de Janeiro ocupou generosos espaços da imprensa nacional. E a CBS, em convênio com a cadeia Breno Rossi, editou um pacote de seis álbuns com gravações de Pierre Boulez, o grande mestre francês de vanguarda.
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Depois de quase cinco anos afastado dos palcos, Oracy Gemba volta duplamente, como autor e diretor: em homenagem aos 25 anos de carreira de sua atriz favorita a musa, Maria Cecília Monteiro, escreveu a peça "A Mulher de Plástico", com estréia prevista para este semestre.
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A bibliotecária Maria Teresa Lacerda foi uma das primeiras brasileiras a saber que Maria Violeta Arraes de Alencar Gervaiseau seria a nova secretária da Cultura do Ceará. Amiga de Maria Violeta desde os tempos em que morrou em Curitiba (1953/55), "Esa" Lacerda a visitou em Paris, há 60 dias, quando Violeta lhe contou que havia decidido aceitar o pedido de seu irmão, o governador Miguel Arraes, para assumir a pasta da Cultura do Ceará, Estado em que nasceu há 62 anos.
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Estimadíssima por intelectuais e artistas, que sempre acolheu em sua casa em Paris, a partir de 1964, durante os anos de exílio, a posse de Violeta foi prestigiadíssima - com quatro governadores presentes e dezenas de cineastas, artistas, professores, etc. Ela viveu em Curitiba por dois anos, quando seu marido, o pesquisador francês Pierre Gervaiseau, aqui esteve, a convite do governador Munhoz da Rocha, instalando um insitutto de pesquisas agrícolas.
LEGENDA FOTO 1 - Simões: elogio nacional.
LEGENDA FOTO 2 - Adalice: carta-manifesto.
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