No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de agosto de 1988
O número cinco do boletim informativo da Associação Profissional dos Artistas Plásticos do Paraná também decidiu tocar num assunto que há 60 dias tem sido muito discutido: a demissão da professora e crítica Adalice Araújo da direção do Museu de Arte Contemporânea. A atual diretoria da associação, presidida pelo fotógrafo Eduardo Nascimento, decidiu adjetivar-se "gestão inquieta" e reivindica a criação de uma Coordenadoria Estadual de Artes Plásticas e o Conselho Estadual de Artes Plásticas.
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O Goethe Institut não se limita a trazer o melhor da programação para a Fundação Cultural - embora o tratamento dispensado pelo secretário Carlos Marés de Souza, em relação à professora Heidrum Bruckner,não seja dos mais simpáticos. Os alemães promovem também eventos em outras áreas, como palestras que Albert Von Muttius, 46 anos, diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Kiel e juiz no Tribunal Social de Schlewswig-Holstein há 8 anos, fará na próxima semana: "O sistema na formação de juristas na República Federal da Alemanha" (dia 25) e "A proteção ao meio ambiente como finalidade do Estado na Constituição" (dia 26) . As palestras serão no salão nobre do setor de Ciências Jurídicas da UFPR.
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A propósito: antes mesmo de tomar posse na direção do Museu da Imagem e do Som, o que acoteceu ontem, Valêncio Xavier já conseguiu que o Goethe ceda alguns dos melhores filmes da super-retrospectiva do cinema alemão para serem exibidos no auditório Brasílio Itiberê da Secretaria da Cultura. Apesar da cabina para os aparelhos de projeção ainda não ter sido sequer inicada naquela sala - e faltarem cortinas que vedem a luz - Valêncio quer movimentar o espaço.
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Foi Valêncio que, há 11 anos, idealizou e implantou a Cinemateca do Museu Guido Viaro. Dinâmico, sabendo onde buscar boas programações cinematográficas, assume o MIS - um elefante branco dentro da estrutura da Secretaria da Cultura, pessimamente instalado e, recursos mínimos, sem equipamento e equipe mínima - com vontade de fazê-lo superar as dificuldades e se tornar um organismo atuante.
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Romances sobre conflitos na Ásia ganham destaque e encontram bom público: enquanto o maçudo (1.132 páginas) "Turbilhão" de James Clavell escala as listagens dos best-sellers, Eric Van Lustbader tem lançado, também pela Record, "Jian" (tradução de Maria Luísa da Silva Pinto, 499 páginas). Ambientado em Hong Kong, a trama envolve comunistas chineses, americanos, a KGB e - no centro da história - o herói Jian. Lustbater, 40 anos, nova-iorquino, é autor de "Ninja" (1980), "Sirens" (1918), "Coração Negro" (1983) e "Miko" (1984), todos sucesso em vários países.
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Quando se fala tanto se a seita do reverendo Moon estaria ou não apoiando alguns candidatos de Curitiba - inclusive um a vice-prefeito e pelo menos três que disputavam a Câmara - torna-se interessante a leitura de "O Império Moon - Os bastidores de uma seita impiedosa", de Jean François Boyer (Clube do Livro, 406 páginas, Cz$ 2.900,00). É o primeiro estudo completo sobre a seita Moon, com revelações inéditas e explosivas sobre o reverendo coreano.
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