Nobreza literária
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 28 de setembro de 1983
O frio e a chuva que, ironicamente, "saudaram" a chegada da primavera, não impediram que alguns dos mais tradicionais nomes da cidade, em elegantissimos trajes, fossem no entardecer de quinta-feira, 22, a Sala Miguel Bakun, na Biblioteca Pública, para a tarde de autógrafos de dona Isabel Orleans e Bragança, a condessa de Paris. Pelo menos 30 exemplares de "De Todo O Coração" (Livraria Francisco Alves Editora) , foram autografados carinhosamente pela neta da Princesa Isabel. O professor Newton Carneiro, amigo há muitos anos da família Orleans e Bragança, foi o anfitrião de dona Isabel em Curitiba, apresentando-a aos presentes.
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Porcia dos Guimarães Alves, psicóloga, professora (aposentada) e descendente do Visconde de Nacar, conversou muito com a condessa de Paris, dona Isabel de Orleans e Bragança que nesta sua nova visita ao Brasil (ela mora em Paris, obviamente), além da grave crise financeira do País, lhe impressionou o fanatismo dos brasileiros pelas telenovelas, "que acabaram com o diálogo, o encontro das pessoas, reduzindo também a leitura".
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O ex-secretário Fernando Fontana, hoje banqueiro, curitibano de nobres tradições, relatou a condessa de Paris, uma curiosa estória ocorrida com um de seus ancestrais, que após visitar o Paraná no século passado - e aqui ser recebido pelo Barão do Serro Azul (Ildefonso Pereira Correia, 1848-1894), escreveu uma carta na qual comentava que o fato que mais o impressionara na viagem, "foi a feiura dos paranaenses". Brincando, Fernando disse:
- "Acho que ao longo de 3 gerações, o nosso visual melhorou!"
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