O "Herzog" de Bellow
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de abril de 1977
A Sra. Sílvia Rangel, cunhada de Mário Rangel, ex-distribuidor territorial da Enciclopédia Britânica, hoje em funções executivas em São Paulo, leu em princípios de 1976 o romance "Herzog" de Saul Bellow e, entusiasmada por sua qualidade, começou a traduzi-lo. Por coincidência, este romance acabou valendo a Bellow o prêmio Nobel de Literatura-76, e assim, aquilo que ela estava fazendo como "hobby", acabou facilitando o lançamento da obra em português. O editor Moysés Baumstein, da Símbolo, venceu a corrida na compra dos direitos autorais e, nesta semana, "Herzog" (345 páginas, capa de Léo Amorim) apareceu nas livrarias.
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Saul Bellow, 52 anos, canadense, filho de imigrantes russos de origem judaica, criou-se em Chicago e freqüentou as Universidades de Northwestern e Wisconsin, doutorando-se em Antropologia. Além de contos e críticas publicados em importantes revistas e jornais norte-americanos, tem nove livros editados: "Dancing Man" (1944) foi o primeiro. "The Victim", de 1948, foi filmado em 1970 por John Frankheimer; "O Homem de Kiev" (The Fixer). "Herzog" é considerado sua obra-prima e, segundo a crítica, "o livro mais representativo das modernas tendências psicológicas e morais da literatura contemporânea".
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