O melhor do ELP e o som que vem dos computadores
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de junho de 1977
Super grupo britânico, fundado em princípios de 1971 por Keith Emerson, (piano-organista, ex-líder do Nices), Greg Lake (baixista, guitarra, covais, ex-King Crinson) e Cral Palmer (baterista, ex-Thunderbird e ex-Atomic Roosater), o ELP é, sem dúvida, um dos mais influentes grupos daquilo que se pode classificar de "pop sinfônico". A formação erudita de Emerson, extraordinário tecladista (comparável a Rick Wakeman), mais os méritos de Lake e Palmer tornar a discografia do grupo respeitável - do clima de ficção cientifica, na linha Pink Floyd de "Tarkus" até os arranjos pop sobre "Pictures at na exhibition" de Moussorgsky, (passando por muitas composições próprias, sem que Emerson abandonasse, eventualmente seus trabalhos de solista - como num belíssimo álbum duplo, gravado em 72 e aqui lançado pela Phonogram. "Works-Volume I" (Atlantic/WEA Disco, 30.019/20, abril/77, é uma espécie de síntese definitiva da seriedade do ELP, na época da produção deste vigoroso álbum duplo, mais coeso e do que nunca. É um álbum produzido em moldes quase sinfônicos, para demonstrar que instrumentistas identificados como o universo pop, podem ter seus momentos de virtuose, como Keith Emerson, em seu "Piano Concerto Nº 1" que ocupa o lado 1, do disco 1. Greg Lake, sola cinco temas em seu setor, enquanto que Carl Palmer relembrar temas antigos (como "Tank") em sua parte para, finalmente, o trio, unido, demonstrar toda a guerra na última face do disco 2, com "Farfarra For The Common Man" de Aaron Copland e "Pirates". Um dos discos mais significativos do ano, "Works" reúne méritos para ser lembrado na lista dos melhores lançamentos internacionais do ano. Aos nomes de Ralf Hutter e Florian Schneider, culos trabalhos na música eletrônica, já conhecida do público brasileiro através de dois Lps ("Kraftwerk", Phonogram, outubro/75 e "Rádio-Activity", Odeon, maio/76), acrescente-se agora o de outro criador alemão: Klaus Schutze. Em "Timewind" (Phonogram/9124125, maio/77), demostra as possibilidades de utilização do mais fascinante equipamento eletrônico na produção de sons. Não se pode julgar este disco, produzido em 1971, na Berline Werline Studio, como um disco musical: é, isso sim, a fascinante experiência de desenvolvimento com uma aparelhagem ultra sofisticada, que só num pais altamente desenvolvido os instrumentistas tem acesso. Mas Schultzer homenageia neste seu trabalho o compositor Richard Wagner, intitulando as duas faixas-únicas deste lp "Timewind" de Bayreuth Return" e "Wahnfried 1883". Outro lançamento que aproveita muito bem os recursos eletrônicos é "Synergy" (Philips/Passport, Records, 6323041, abril/77), um clima sonoro irreal, fascinante em imagens, sem dúvida um trabalho barilado dos integrantes deste
O aproveitamento de instrumental sofisticado - do moog aos computadores da última geração, é tema para todo um ensaio a respeito da música de nossos dias. O interessante é que para desenvolver este tipo de trabalho musical torna-se necessário, sem dúvida, dispor de uma tecnologia desenvolvida e, evidentemente, capacidade técnica. Mesmo conjuntos ainda ditos convencionais, Também aproveitam muitas informações da cibernética em seus trabalhos, como o Van Der Graaf Generador, formado em 1969 por Peter Hammil (teclados), Hugh Banton (órgão, piano), David Jackson (sax, flautas) e Guy Evans. O último lp do grupo ("World Record", Phonogram/77), traz apenas cinco faixas - "Wheh The Comes", "A Place To Survive", "Mask", Merglys IH, The Song-writers Gukld" e "Wondering", todas de Hammil.
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