Amor, drama, suspense e ação
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de novembro de 1991
Novos filmes entram em cartaz quanto o público nem teve tempo (ou dinheiro sobrando) para digerir os que estão em cartaz ou os que deveriam ter permanecido, como "Europa", substituído por "Vitrine do Desejo", que entra hoje em cartaz, trazendo a atriz Diane Lane no papel de uma jovem vitrinista envolvida com um "voyer", quando desenvolve um sensual projeto para uma grande loja. O filme até pode surpreender, apesar de sem maiores referências.
Em compensação retorna às telas "A Insustentável Leveza do Ser", no Cine Bristol. Belo filme baseado em best-seller com título homônimo. Seqüência final, na instigante direção de Philip Kaufman, que o público gostaria de colocar numa galeria especial da história do cinema. Com Daniel Day Lewis e Juliette Binoche. Quem não viu, tem esta boa chance agora. Outro retorno às telas: "Tudo por Amor", com Julia Roberts, no Cinema I. Não precisa levar lençol que não é de se chorar tanto como a crítica andou falando (talvez sem ver o filme).
No Plaza, sai o esfuziante "Exterminador" e entra um recomendável filme de suspense: "De Frente para o Perigo", uma refilmagem de "Rumo ao Inferno" (1951). A direção é de Peter Hyams e o enredo traz uma mulher comum (na pele de Anne Archer) que presencia um brutal assassinato. E passa a ser caçada pelo criminoso, refugiando-se no Canadá, sendo procurada pelo promotor (Gene Hackman) para testemunhar contra o assassino. O caso é que o próprio acabou seguindo o promotor. Simpática produção ao remeter aos filmes B dos anos 50.
Entra em cartaz no Palace Itália: "Estação 44 - Refúgio dos Exterminadores" (Moon-44), como se vê o título traduzido nada tem com o original. Produção americana, com direção de Roland Emmerich, do ano passado. Protagonizam os personagens do ano 2038 Michael Pare, Lisa Eichhorn, Malcolm McDowell nos papéis principais (Censura 12 anos).
"Encontro com Vênus" por certo atrairá público aos cada vez mais esvaziados cinemas. Afinal, encabeça o elenco a loura-vamp Glenn Close. Mas a censura livre já revela que aqui a Vênus está mais humanizada. O filme tem um diretor que recomenda a produção, o húngaro Istavan Szabo, o mesmo de "Mefisto". Close contracena com Niels Arestrup, interpretando um maestro às voltas com uma grande produção operística. O filme é conduzido ao som de Richard Wagner. Estréia hoje no Cine Astor, sessões normais.
LEGENDA FOTO - Diane Lane e Michael Woods em "Vitrine do Desejo", estréia no Lido I.
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