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Aramis

O pensamento político de Giba

Algumas reflexões de Gilberto Vasconcelos em "Collor - a cocaína dos pobres" (A nova cara da Direita)": "A esquerda ainda não entendeu que o verdadeiro não é popular, assim como é através de história que rola a memória do Brasil. Nosso povo acredita que o inconcebível pode ser verídico. Alertando Leonel Brizola em 1979, o cineasta Galuber Rocha dizia que a razão mística é mais importante do que a razão política para chegar ao poder". xxx "Leonel Brizola está próximo do folclore, o "lore" do povo, a sabedoria popular, a ciência do simples, a normalidade funcional e pacata do povo brasileiro. Fernando Collor de Mello nunca leu Casa Grande & Senzala. Ele é o Jânio Quadros clean que necessita da Rede Globo como carisma, espécie de torpedo para destruir Leonel Brizola, o corisco maragato desprovido do aparato tecnológico. Collor é Rambo, Brizola é Vietnan". xxx "A TV é o gás, não o líquido da Coca Cola". xxx "Leonel Brizola promete uma televisão pública durante o seu governo porque ele sabe que Jango caiu porque não dispunha de canal de TV". xxx "Mister Collor quer se apresentar como um candidato sem ideologia, que não se situa nem à direita, nem à esquerda, tampouco ao centro: um tipo singularíssimo cuja missão é colocar os ladrões na cadeia. Ele dispensa o rótulo de candidato liberal, socialista, capitalista, positivista, dialético, totalitário. Sua ideologia se resume nele: Collor, a boneca valente do Nordeste. Seu charme é a sua pessoa, não o partido, nem o projeto, muito menos a classe social. E, por incrível que pareça, ninguém o considera um político personalista, centralizado, egocêntrico, narcisista, coronel, cacique". xxx "É aquela velha discussão: a mídia faz ou não faz a cabeça do povo? A Mídia, dizia Samuel Wainer, não ajuda a ganhar uma eleição, mas ajuda a perder. A mídia faz e, ao mesmo tempo, não faz a cabeça do povo. Isso porque se ela fizer inteiramente a cabeça do povo, o candidato Leonel Brizola estará fadado a perder as eleições, não obstante a sua conhecida e extraordinária performance no áudio e na televisão".
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
15/11/1989

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