Observatório
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de dezembro de 1980
Aos 74 anos, o pintor Theodoro de Bona tem a felicidade de sentir algo que seus contemporâneos não tiveram: o reconhecimento a sua arte, representada pela valorização real de seus quadros. Em seu atelier na Rua Sargento Max Wolff Filho, todas as tardes, De Bona trabalha em quadros que, mesmo antes de estarem concluídos, têm compradores. Último representante de uma geração de mestres da pintura paranaense, contemporâneo dos grandes nomes de nosso mundo plástico. De Bona tem uma legião de amigos, colecionadores e admiradores, que sempre que dispõem de tempo vão ao seu atelier, bater papo com o velho mestre. Entre eles o secretário Wilson Deconto - deixando a Pasta da Administração para assumir a do Planejamento em substituição a Véspero Mendes, engenheiro Ari Dargint, representante da Codesul, engenheiros Wilson Pichetti e Michel Woller e os professores Nelson Trevisan e Alceu Schwaab. Sensibilizando por esta presença constante, Theodoro já fez o esboço de um quadro que vai colocar no principal espaço do seu estúdio de trabalho - "os amigos do ateliê", reproduzindo o rosto de cada um. Um quadro que não venderá por nenhuma proposta - embora já tenham sido feitas algumas, antes mesmo da tela ter sido iniciada.
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