A orquestra que merece os aplausos do público
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de julho de 1987
Se fosse pela vontade do público, o concerto iria até a meia-noite. Por quatro vezes, o maestro Norton Morozowicz voltou ao palco do auditório Bento Munhoz da Rocha Neto e teve que apresentar números extras. Temas de Astor Piazolla, Radamés Gnatalli - uma suíte das canções populares brasileiras - e dois arranjos de Paul Hindesmith sobre canções européias, completaram, extra-programa, o belíssimo concerto que a Orquestra de Câmara de Blumenau apresentou em Curitiba.
Encerrando uma mini-tournée de cinco apresentações em Santa Catarina e Paraná patrocinada pelo grupo Hermes Macedo, a Orquestra de Câmara de Blumenau mostrou (para quem ainda tinha dúvidas) porque é hoje considerada a melhor, em seu gênero, no País.
- "Como é bom aplaudir uma boa orquestra!"
O comentário repetia-se entre o público, com entusiasmo, extasiou-se com a competência e alto nível profissional dos 25 músicos (entre os quais, inúmeros paranaenses) que integram a Orquestra de Câmara de Blumenau. A abertura foi com o prelúdio e fuga das Bachianas Brasileiras nº 9, de Heitor Villa-Lobos, seguindo-se com o divertimento para dois oboés e cordas, de Ernst Mahle - tendo Luís Carlos Justi e Lia Gandelman, como solistas e, encerrando a primeira parte, as seis "danças rumenas" de Bela Bartok.
Enviar novo comentário