Os Metralhas mostram que sonho não acabou
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de outubro de 1989
Foi além das expectativas. Lotação esgotada dois dias antes, ingressos passando de NCz$ 20,00 e até NCz$ 70,00 nas mãos do cambistas e cadeiras extras.
19 anos depois de sua última apresentação pública - em 6 de dezembro de 1987, no Clube Curitibano - os Metralhas verificaram que ainda há público para eles.
Hoje, independendo da música - todos financeiramente tranqüilos, alguns até ricos - os cabeludos rapazes que entre 1959/68 constituíam o grupo pop tupiniquim de maior sucesso, voltou amadurecido, mas com os mesmos ídolos: Beatles. Na apresentação feita no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, ontem à noite reviveram 30 sucessos do quarteto de Liverpool - e caprichados arranjos.
Alfreli (Arruda Amaral), 43 anos, médico - na guitarra, teclados e harmônica de boca; Arcy (Ribeiro Neves), 42, advogado, comerciante - na guitarra; Vitório (Santos), 44, professor, na bateria e Paulo Hilário (Bonametti), 45, advogado, compositor, escritor, publicitário e sócio das indústrias Todeschini, formam hoje os quarentões Metralhas.
- Voltamos sem compromissos maiores, fazendo a música por prazer, como hobbie - explica Paulo Hilário, que não esconde, entretanto, que antes deste revival nostálgico no Guaíra, o grupo preparou-se bem. Foram dez meses de ensaios e algumas apresentações off-Curitiba, para "testar as baterias, conferir os circuitos e colocar o avião na pista", diz Arcy.
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