Projetos piramidais
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de outubro de 1989
Entusiasmado com a montagem de "Tosca", no vesperal de encerramento da temporada, domingo, o prefeito Jaime Lerner tentava convencer a Constantino Viaro, superintendente da Fundação Teatro Guaíra, de fazer uma récita da obra de Puccini na Pedreira - que substituiu nesta terceira administração de Lerner a paixão que ele tinha, anteriormente, pelo Teatro do Paiol, como espaço cultural.
Ante os argumentos de que "Tosca" é uma peça concebida para teatro - com cenários específicos e que perderão toda sua beleza ao ar livre, surgiu outra idéia: a de fazer uma montagem de "Aída", de Giuseppe Verdi (1813-1901), uma das obras de mais cara produção no mundo - e que estreou no Cairo em 24 de dezembro de 1871, inaugurando o Teatro de Ópera Italiana.
Valêncio Xavier, diretor do Museu da Imagem e do Som - e que agora também se tornou fanático por óperas, após a belíssima produção dirigida por Marcelo Marchioro e maestro Alceo Bocchino fez uma outra sugestão:
- Como o espaço da Pedreira destina-se a atrair jovens, que tal montar aquela ópera de Philip Glass, que se passa também no Egito.
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Afinal, para projetos faraônicos, nada melhor do que óperas que também tenham personagens faraônicos.
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