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Aramis

Os recordes (I)

Há exatamente quatro anos passados, o jornalista Carlos Coelho (1929-1976), coordenou para a Editora Abril, a edição do Guinnes Livros de Recordes, traduzindo, atualizando e adaptando para o nosso País, a mais famosa obra de referencia sobre os recordes em todos os setores, que há 24 anos é editada na Inglaterra por Norris e Ross McWhirter, hoje com quase 20 edições em todo o mundo. Mas embora a Abril seja uma das mais poderosas e organizadas editoras do Brasil, ligada a esquemas multinacionais, o projeto do Livro de Recordes, não foi levado adiante. Carlos Coelho, um jornalista ao qual a imprensa paranaense muito deve, por sua contribuição na "Última Hora", edição do Paraná (1961-64) e, posteriormente, aqui retornando, como diretor-de-redação do Diário do Paraná", deixou a coordenação do "Guinnes" nacional que ficou apenas numa única edição. xxx Hoje, passados quatro anos, o Guia de recordes editado pela Abril está, evidentemente, superado em grande parte de suas informações. Mas nos outros países, novas edições se sucedem, nos primeiros meses de cada ano. E da edição número 24 "Guinnes Book of Records", robusto volume de 350 páginas, capa encadernada, lançada na Inglaterra, vamos estrair alguns informes que julgamos dos mais curiosos. Por exemplo, o Guinnes só reconhece como a pessoa que viveu mais tempo, a americana Delina Filkins (1815-1928), que morreu com 113 anos e 214 dias. As noticias de pessoas com mais de 120 anos, principalmente da Georgia, URSS, não são reconhecidas oficialmente na tela das pessoas que conseguiram viver mais tempo em todo o mundo. E, a propósito, eis a relação de algumas das 28 pessoas que, comprovadamente, foram aquelas que viveram mais tempo neste nosso mundo: Com 113 anos e 124 dias, o canadense Piere Joubert (1701-1814); com 112 anos e 65 dias, a japonesa Mito Umeta (1863-1975), seguida pela inglesa Alice Stevenson, com 112 anos e 39 dias (1861-1973) e a marroquinha El Hadj Mohammed el Mokri (Grão Vizir) com 112 anos (1844-1957). Na faixa dos 111 anos, houve 4: a irlandesa Katherine Plunket (1820-1932); sul-africana, Johanna Booyson (1857-1968) e a checoslovaca Marie Bernatkova (1857-1968). Na faixa dos 110 anos, seis: Margaret Ann Neve (1792-1903), Elizabeth Watkins (1863-1973), Demetrius Phillipovitch (1818-1928), Ada Sharp (1861-1971), Khasako Dzugaye (1860-1970) e Baks Karnebeek (1849-1959). Na faixa dos 109 anos, quatro registros: Marie Philomene Flassayer (1844-1954), Rosalia Spoto (1847-1957), Maria Olsen (1850-1959) e Mary Ann Crown (1836-1945). Com 108 anos, apenas dois registros: Luise Schwartz (1849-1958) e Maria Luisa Jorge (de Portugal) (1859-1967). xxx A relação do Guinnes vai descendo até os 105 anos e um detalhe é impressionante: dos 28 casos comprovados de maior longevidade humana, nada menos que 21 foram mulheres. Ou seja, uma comprovação cabal de que apesar da maternidade, das responsabilidades do lar e de ser o chamado sexo frágil, as mulheres vivem muito mais do que os homens. xxx Continuando na boa marcha que vai, o mais velho dos paranaenses, Arthur Martins Franco, 102 anos, poderá ter, em breve, o seu nome incluído no Guinnes, como um dos homens mais idosos do mundo. xxx Como as mulheres mostram muita vitalidade, eis outras revelações do livro de recordes do Guinnes: a mulher que teve maior número de filhos foi a russa Fyodora Vassilet (1816-1972), que viveu na corte do czar Alexander II: teve 69 filhos em 27 partos: 16 gêmeos, 7 trigêmeos e quatro vezes foi mãe de quadrigêmeos. Mas o Brasil aparece também neste recorde, em segundo lugar com os 32 filhos de Madalena Carnaúba, esposa de Raimundo Carnaúba, da localidade de Ceilândia. Madalena casou com 13 anos e teve 24 filhos e 8 filhas. Os dois casos de mulheres que tiveram filhos com mais idade são das americanas Ellen Ellis, que teve seu 13o filho com 72 anos, em 15 de maio de 1776, quando estava casada há 46 anos, e Ruth Alice Kistler, que com 57 anos e 129 dias, teve, em 18/10/1956, um filho. xxx Em termos de descendência direta, os árabes, naturalmente, mantém o recorde. O caso comprovado de maior número de filhos de um mesmo pai é o do ultimo sheik de Marrocos, Moulay Ismail (1672-1727), que teve nada menos que 548 filhos e 340 filhas.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
4
30/04/1978

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