Poluição nos rios
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de outubro de 1974
Titular da cadeira de química inorgânica da Universidade Federal do Paraná e há mais de 20 anos desenvolvendo pesquisas sobre a poluição dos rios da bacia de Curitiba, a professora Yvette Zanello Jacobe está agora iniciando um levantamento das águas do Rio Verde, em sua opinião, um dos poucos da região metropolitana ainda não atingidos pela poluição. Junto com seu marido, o professor Hans Jacobe, doutor pela Universidade Friderico Alexandrinae, de Nuremberg, Alemanha, e desde 1953 no Paraná, na cadeira de Ciências Fisiológicas do Setor de Ciências Biológicas da UFP, a professora Yvette é uma das cientistas mais preocupadas com o meio-ambiente, "já que o homem está transformando a Terra, a curto prazo, num planeta inabitável". Ainda sob o impacto das imagens do filme "No Mundo de 2.020" (até ontem em exibição no [Cine] Vitória) - que o casal, a exemplo de outros cientistas, assistiu com o maior interesse - a professora Yvette citava, que recente reunião, dados estarrecedores com relação a poluição dos rios Iguaçu, Barigui e Ivo, comprovando assim que apesar de Curitiba ainda não ter atingido o estágio industrial acalentado, em termos de destruição de meio-ambiente, progredimos bastante (só uma indústria deposita, mensalmente, no Iguaçu, uma média de 60 toneladas de matéria poluitiva).
O professor Hans Jacobe acaba de publicar o primeiro volume de uma série de trabalhos científicos - "Ecologia["] contendo informes dos mais importantes, expostos em linguagem objetiva, ilustrada com gráficos e índices, antecedidos inclusive de uma síntese histórica da preocupação do homem com a Ecologia - cujas primeiras referências datam da segunda metade do século XIX, mas que só nos últimos anos passou a ser encarado, com seriedade, por autoridades e cientistas.
LEGENDA FOTO: Hans
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