Queimada
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de agosto de 1975
Maria Luisa Merkle (Curitiba): "E continuam as queimadas. Sim, infelizmente há pessoas que não progridem no seu método de trabalho - ou por teimosia ou por ignorância. Ambas as razões não justificam que se continue a fazer queimada de campo ou de mata, porque é processo antiquado que, além de consumir madeira de espécies próprias para os mais variados fins, representando dinheiro, ainda destrói a flora nativa da região e também o que existe no solo, que fica calcinado e sem os microorganismos necessários.
Morrem animais que não conseguem fugir das chamas, e são igualmente vítimas os bichos menores, da escala ecológica destinada ao sustento dos poucos sobreviventes.
Mas, há ainda outro fator importante - é o da comunidade. O homem dos nossos tempos já não deve pensar que pode fazer o que ele quer, pois há o interesse geral, que tem de ser respeitado.
Vêmo-lo pelas notícias de hoje, acontecendo acidentes desastrosos nas estradas, onde o calor é a fumaça de queimadas fizeram vítimas fatais.
Como isso se repete todos os anos, o certo seriam providências das municipalidades, aplicando medidas de reforço às leis federais.
A terra, mesmo sendo propriedade de um cidadão, faz parte do patrimônio do país que não pode permitir sejam as terras transformadas em solos estéreis, desvalorizadas.
Se campanhas isoladas têm sido feitas, por rádio e boletins, isso pouco valeu. Talvez, em colaboração - município, escola rural e paróquia a bem da comunidade.
Vindo a conscientização de cima, com bom exemplo e esclarecimento convincente, há de ser resolvido o problema.
Ajudem todos para acabar com esse atraso prejudicial e vergonhoso, pois - queimada, já era!".
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