O bravo Capitão Furtado
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de agosto de 1975
Aos 68 anos, quase 50 de atividades ligadas ao rádio e a fonografia paulista, o Capitão Furtado - como é conhecido o estimado Ariovaldo Pires, é sem dúvida a única memória de um gênero musical marginalizado, mas brasileiríssimo em suas origens: a canção sertaneja. Já tendo mais de mil composições gravadas, produtor de dezenas de programas de grande sucesso e responsável pela formação de centenas de duplas e trios sertanejos, o Capitão Furtado guarda em sua memória privilegiada, dados importantíssimos que estão a exigir um imediato estudo sobre este gênero musical, de grande penetração na região Centro Oeste/Sudoeste e parte do Sul do Brasil. Apesar da idade, o Capitão Furtado não está aposentado e ainda agora assinou contrato com agência Penta Publicidade responsável por gorda conta de um laboratório multinacional, para a realização de uma série de programas, unindo novelas, contos e fatos sertanejos à música folclórica e cabocla , a ser apresentada em cadeia nacional a partir do próximo mês. Para se ter uma idéia do gabarito que o Capitão Furtado pretende dar ao seu programa: o prefixo "Sertão Moderno", foi composto pelo respeitado maestro Radamés Gnatalli. As duas primeiras novelas escritas pelo Capitão Furtado para esta série chamam-se "Rincão da Tradição" e "Mensagem da Esperança".
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