Sandra, a alemã, e a americana Stacey
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de maio de 1987
Se a inglesa Wendy Orleans Williams usa e abusa do sexo explícito, "Komman Der of Kaos" (Continental, março/87, deixando a alemã Nina Haggen - com suas diabólicas performances - como se fosse uma aluna do Colégio Sion, duas outras, uma alemã - Sandra e uma americana, Stacey Q. aparecem com menos apelações e um pouco mais de ritmo. Isso sem deixar de lado uma grande apelação deminista - no caso de Stacey Q., um visual excitante, enquanto Sandra prefere mais a imagem de boa moça.
Depois de Suzie Q - que faz sucesso há alguns anos - esta Stacey Q. em "Better Than Heaven" (Atlantic/WEA), interpreta dez canções inéditas, a maioria de John St. James, um dos integrantes de sua banda (completada por Skip Hahn, Karlo Moet, Rich West). Suave em alguns momentos, intensa em outros, Stacey pode ser ouvida sem agressões maiores aos ouvidos, especialmente em "Two Of Hearts", "Music Out Of Bounds", "Love Or Desire" e, especialmente na faixa-título.
Já Sandra chega com novo Lp ("Mirrors", Mercury/ Polygram, março/87), após o estouro de seu primeiro disco - "The Long Play", procura consolidar seu público internacional - aberto o caminho há dois anos com o compacto na qual interpretava "Maria Magdalena". Com ela, Sandra conquistou discos de Prata, Ouro e Prata e foi para o primeiro lugar nas paradas de sucesso de 11 países (na Suécia, conseguiu superar o Abba). Viajou pelo mundo - e apesar de ter estado no Peru e Argentina, não veio ao Brasil. No Verão passado, na Europa, conseguiu projetar outro hit: "Inocent Love", que está neste seu segundo Lp, "Mirrors", produzido por Michael Cretu, músico e seu produtor. Gravado em Munique, "Mirrors"tem um esquema de fácil consumo: de príncípio; "Hi! Hi! Hi!" com todos os integrantes para ser consumido ( e descartado) - seguido de "Midnight Man", "Don't Cry" e "The Second Day", faixa de maiores pretensões.
Enviar novo comentário